Embora tudo se encaminhe para um entendimento, isto é, não teremos greve, a primeira queda de braço do governo municipal  com os servidores não foi bem administrada. Sem entrarmos no mérito da questão, se A ou B tem razão no imbróglio, o governo Wan-Dall deixou a situação evoluir de tal maneira que a paralisação desta terça-feira (31) tomou uma proporção maior do que realmente o fato merecia. O barulho foi grande na Praça Getúlio Vargas. Ponto para o sindicato, que mostrou força.  
Antes disso, a administração tentou impedir que a paralisação ocorresse. A liminar, obtida na noite de segunda-feira, véspera do movimento, provocou uma grande confusão, principalmente entre os pais que tem filhos em escolas públicas e CDIs. Embora juridicamente legal, a atitude do governo nos pareceu arbitrária, pois se quis impedir o direito constitucional do cidadão a protestar. A alegação de que a população não poderia ficar sem os serviços não teve o efeito que se esperava. Os serviços públicos realmente pararam na cidade e pouco gente se queixou. 
Coerente seria o governo adotar a atitude que outros já tiveram no passado, ou seja, permitir a paralisação, e, como depois o fez corretamente, chamar para o diálogo. No atual momento vivido no país não se admite mais ao gestor público tentar barrar movimentos populares, pois quem hoje é ou será vidraça, um dia, com certeza, já foi pedra.