A sensação que nos passa é que a construção da nova sede da Câmara Municipal de Vereadores de Gaspar é muito mais uma queda de braço política do que propriamente impedimentos financeiros, como querem sustentar os vereadores contrários ao projeto. As autoridades e a comunidade sabem que a Câmara de Vereadores precisa, com urgência, de uma nova sede, assim como precisavam Samae, Corpo de Bombeiros e Fórum. Todos já estão instalados em suas novas sedes. Até a Polícia Civil, em breve, também mudará de endereço. Só a Câmara de Vereadores de Gaspar não consegue dar continuidade ao projeto da nova sede. Além da questão política, que barra qualquer tentativa de fazer o projeto "andar", o período curto - apenas um ano - de permanência do presidente também prejudica. O sucessor pode não comungar da mesma ideia e aí o projeto volta para a gaveta. Nesta legislatura, Ciro Quintino era claramente contrário à construção da nova sede. Seu sucessor e atual ocupante da presidência, Silvio Cleffi, é favorável. Não sabemos se o sucessor de Cleffi vai querer comprar essa briga. Se o mandato de presidente do Legislativo fosse de dois anos, aumentariam as chances de Cleffi, no mínimo, iniciar a obra, o que seria importante para que o seu sucessor não tivesse outra alternativa senão conclui-la. Todavia, os seis meses de mandato que ainda restam ao atual presidente são insuficientes para que a obra saia do papel. O que nos parece faltar é um pacto entre os 13 vereadores em favor da obra. Sem isso, vão passar outras legislaturas e outros presidentes sem que tenhamos a vontade da nova sede materializada.
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