O Folha de São Paulo, um dos maiores jornais do Brasil, anunciou nessa semana que vai abandonar a mídia social Facebook onde tem 6 milhões de seguidores. As notícias dos seus veículos online não serão mais compartilhadas no aplicativo. A empresa critica o fato da rede social ter passado a privilegiar conteúdos de interação pessoal, em detrimento do conteúdo jornalístico. Trocando em miúdos: o Facebook virou uma grande rede de fofocas, palco para panfletagem, radicalismos, intolerâncias e ideologismos de todo gênero em detrimento das notícias jornalísticas.
Nesta semana, uma moradora de Gaspar postou um vídeo na rede social acusando o hospital de Gaspar de negligência no atendimento. O vídeo, de apenas 20 segundos, rapidamente ganhou mais de mil compartilhamentos. Esclarecido o procedimento médico, a paciente retornou à sua rede social para se retratar, explicando que o hospital agiu corretamente. Acontece que a retratação teve apenas um compartilhamento em 24h. A imagem já tão arranhada do Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ganhou mais alguns pontos. O fato corrobora ainda mais a favor da decisão do Folha de São Paulo. Enquanto não se criam leis nem mecanismos para barrar a propagação das notícias falsas, as chamadas "fake news", a imprensa séria vai precisar procurar outras plataformas para dar a um público mais qualificado informação de qualidade e com credibilidade abandonando de vez a vala comum.
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