A reação positiva da economia brasileira logo após o impeachment da presidente Dilma Rousseff confirma a tese de que a crise que se instalou no Brasil, nos últimos 18 meses, era muito mais política do que econômica.
Os últimos indicadores mostram que a confiança da classe empresarial voltou, consequência da grande guinada política que se deu com a saída do PT do governo.
Nesta terça-feira, o dólar fechou na sua cotação mais baixa desde julho de 2015, justamente quando a crise política se instalou. Não é possível afirmar que todo o cenário econômico catastrófico que se formou a partir do início das discussões em torno da saída da ex-presidente tenha sido forjado para que se chegasse ao fato político. O que se viu, na verdade, foi uma presidente perdendo o apoio da base aliada e até do seu partido no Congresso, e aí governar tornou-se quase impossível.
No entanto, se houve uma proposta de parar o país em função de uma disputa política, o grande derrotado foi novamente o povo brasileiro, principalmente os 12 milhões que perderam seus empregos no decorrer da crise e outros que ainda perderão. Ao superar a barreira dos 11% de desempregados, o Brasil tornou-se um dos sete países do mundo com maior índice de sem empregos. Portanto, nada a comemorar neste momento, apenas aguardar pelas novas medidas do governo que assumiu.