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Edição da semana 11/12 (Fotos: Jornal Metas)
A administração pública moderna precisa enxergar o futuro. Isso significa ter visão de longo prazo, estabelecer metas ambiciosas e inovadoras e antecipar as necessidades e desafios que a cidade enfrentará nas próximas décadas, tais como crescimento populacional, indústria, comércio, tecnologia e, mais recentemente, mudanças climáticas. Para muitos, esse é um tema chato e enfadonho, pois vem de encontro ao desenvolvimento. Mas, existem fatos do passado que nos mostram a necessidade de cuidado com esse tema, principalmente quando o assunto é Plano Diretor.
Sem dúvida, o PD deve persistir no desenvolvimento, mas sempre respeitando e aprendendo com a realidade construída da cidade. O equilíbrio necessário entre inovar e manter as raízes no planejamento territorial.
Embora atuais e latentes, as mudanças climáticas são percebidas como um problema de longo prazo ou de escala global, desfazendo a ameaça à realidade local.
É mais fácil adiar decisões sobre um problema que pode se manifestar de forma mais grave daqui a 50 anos, do que planejar no presente.
Ignorar as mudanças climáticas num Plano Diretor não apenas aumenta a vulnerabilidade das cidades, mas gera custos significativamente maiores a longo prazo e que certamente poucos que hoje discutem a atualização do PD estarão aqui, no futuro, para solucioná-los. O planejamento inadequado e precipitado transforma eventos naturais em desastres urbanos.
A integração climática no Plano Diretor é uma questão de sobrevivência urbana e de responsabilidade fiscal. É mais barato e eficaz planejar para o clima hoje do que pagar pelos desastres amanhã.
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