Fica cada vez mais evidente que a 4ª Delegacia de Combate à Corrupção (DECOR), quando esteve em Gaspar em setembro do ano passado, estava muito bem embasada. A investigação, que consumiu meses de trabalho, culminou na deflagração da “Operação Limpeza Urbana”.

A CPI da Limpeza Urbana — ou “CPI da Roçada”, como também é conhecida — não apenas referendou os indícios levantados pela Polícia Civil, mas também levantou novos subsídios importantes para sustentar a investigação que ainda está em andamento.

É fato que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) não tem poder para acusar, julgar ou punir. No entanto, o seu relatório final serve como um apoio fundamental para as autoridades competentes – Ministério Público e Polícia Civil. São esses órgãos que possuem o poder de identificar e apontar os indivíduos que, de fato, faziam parte do suposto esquema de medições e pagamentos indevidos pelos serviços de roçagem em nossa cidade.

O montante supostamente desviado ultrapassa a marca de R$ 20 milhões. Para o município de Gaspar, esse valor é astronômico e evidencia a urgência de uma maior fiscalização por parte da sociedade em relação às ações dos nossos administradores públicos.

Agora, resta aguardar os próximos passos do Ministério Público e da Polícia Civil para saber exatamente quais serão as denúncias formais. Todavia, o resultado da CPI já contrariou a opinião de muitos céticos que acreditavam que esta seria apenas “mais uma CPI que acabaria em pizza”. Não foi o caso. Se haverá culpados ou não, isso caberá à Justiça decidir, e não à CPI.

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