O ponto de partida é inegavelmente verdadeiro: uma cidade boa para as crianças é, necessariamente, uma cidade boa para todos. Afinal, são os cidadãos mais jovens que dependem de um ambiente mais seguro, acessível e acolhedor para desenvolverem sua cidadania e caráter. O projeto, lançado nesta quarta-feira (29), carrega essa mensagem. Não basta apenas ouvir as crianças; é imperativo compreender suas necessidades profundas para garantir a melhor formação cívica. Precisamos urgentemente planejar o futuro da nossa cidade com o foco em quem, de fato, o representará.

A principal meta deve ser criar mecanismos que devolvam a autonomia à infância, permitindo que as crianças se movimentem e brinquem sozinhas e com segurança em todo o espaço público: nas ruas, nas praças e nos parques. Nossas crianças precisam erguer a cabeça e observar o que está ao seu redor. A tela do celular não é, e nunca será, o melhor ambiente para formar adultos conscientes da importância do coletivo.

O Poder Público tem o dever de fortalecer o direito ao lazer e ao brincar, reconhecendo-o como fundamental para o desenvolvimento físico, mental e social, um princípio já previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU. Aplicar o conceito da Cidade das Crianças significa ir muito além de eventos pontuais ou construir novos parques. Implica integrar a perspectiva da criança no desenho urbano, desde o planejamento das calçadas e praças até a eficiência dos serviços, garantindo que a cidade seja acolhedora desde a primeira infância.

É crucial reforçar o ensino e resgatar conceitos de convivência social que estão sendo perdidos. Nossos jovens estão hiperconectados ao mundo digital, mas correm o risco de se tornarem desumanizados por uma tecnologia que, sem limites, toma conta de suas vidas. A iniciativa lançada é excelente e merece todo o nosso apoio.

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