Quatro de cada cinco dizem estar dispostas a tentar algo novo na relação sexual

As mulheres brasileiras estão deixando de lado a vergonha e indo direto ao assunto sobre o que realmente desejam na relação sexual. Quatro de cada cinco estão dispostas a tentar algo diferente na cama. Este é um dos dados de uma pesquisa da Hibou, especializada em consultoria e monitoramento de consumo, com 2 mil mulheres, entrevistadas na rua e por telefone em todo o Brasil. Quase 2/3 das entrevistadas concordam que brinquedos na cama podem ser úteis mesmo quando acompanhadas. As mais jovens são mais receptivas a isso, com recusa de 7% (contra 16% das mais maduras).

Diferente do que se imaginava, a maioria das mulheres têm sim inúmeras fantasias sexuais e falam abertamente sobre elas. 80% das entrevistadas revelaram que conversam sobre desejos picantes e fetiches não apenas com amigas, mas principalmente com o parceiro. Com a estréia do filme "50 tons de cinza" a ansiedade passa a aumentar para as leitoras fanáticas da saga, que passaram a consumir mais produtos relacionados ao filme.

Para desmistificar e esclarecer o novo conceito das brasileiras em relação à sexualidade moderna, a Hibou traz estes dados antes pouco explorados de como se transformou o comportamento das mulheres em relação às suas fantasias sexuais. "Hoje a mulher sabe mostrar o que quer a seu parceiro seja como dominadora ou submissa na cama. Isso ficou muito claro para nós durante a pesquisa", diz Ligia Mello, sócia da Hibou.

Todas as entrevistadas foram unânimes em concordar quando questionadas se já tinham ouvido falar sobre a série de livros "50 tons de cinza" e afirmaram terem fantasias sexuais próprias desmistificando que isso é coisa de homem. "Além disso, a euforia aumentou com o aparecimento da primeira versão do trailer do longa e agora muito mais por conta da estréia tão esperada por elas" diz Lígia.

87% das mulheres entrevistadas assumiram abertamente também consumir produtos eróticos como livros, filmes e revistas, óleos, brinquedos, e fantasias, o que deixa para trás a ideia de que o mercado cultural sexual estava restrito apenas aos homens. Apesar da facilidade no acesso à informação online sobre todos os assuntos, apenas 57% das entrevistadas revelou curiosidade na busca de conteúdo na internet sobre fantasias sexuais. "As entrevistadas preferem falar com outras pessoas a buscar a informação sozinha." , conta Ligia, Sócia da Hibou.

 

Faria ou não faria? Faria sim!

> Venda nos olhos: 75% fez/faria

> Palmadas: 65% já fez (levou ou deu)

> Bondage: 41% das mais velhas não fariam e 46% das mais jovens gostariam de fazer

> Gelo: 46% já fez

> Roleplay: 44% gostaria de fazer, 26% já fez

> Troca de poder: 42% já fez

> Sexting: 72% já fez

> Tirar fotos eróticas: 48% já fez

> Ir pra cama com um desconhecido: 42% faria

> Swing: 20% faria

> Quase todo mundo (98%) faria ou já fez fora do próprio quarto (sala/motel)

> 94% gostam de ouvir obscenidades ao pé do ouvido.

> 79% já falaram obscenidades no ouvido dele. Entre as mais jovens apenas 7% não falariam, contra 17% das mais maduras.

> 64% já viu filmes ou imagens eróticas junto do parceiro

> Menage, 50% acha que jamais faria, e 23% gostaria de fazer. Entre quem já fez (14%), 70% gostou da experiência!

 

Insatisfação na cama pode virar traição

O assunto é polemico. Dentre toda a pesquisa esta foi a única pergunta que dividiu quase que igualmente as entrevistadas. Ao serem questionadas sobre o quesito traição x fantasias não realizadas, 52% das mulheres afirmaram que uma fantasia sexual frustrada ou uma sequência delas pode levar sim a uma traição. Além disso, 33% das entrevistadas responderam gostariam de fazer mais sexo! Metade destas mulheres atribui a menos prática ao cotidiano que consome o tempo do casal. Quase 1/5 das entrevistadas acham que falta homem "no mercado" e não tem parceiro fixo e 12% das mulheres simplesmente perderam interesse em buscar uma vida sexualmente ativa (em todas as faixas etárias).

Orgasmo

> Apenas 36% das mulheres abaixo de 35 anos tiveram o primeiro orgasmo no mesmo ano que iniciaram sua vida sexual, contra 42% das mulheres acima de 35 anos.

> 20% das mulheres até 35 anos levaram entre 03 e 04 anos de vida sexual ativa até atingir o primeiro orgasmo (o que pode explicar a crise dos 3 anos).

> 18% das mulheres mais velhas tiveram o primeiro orgasmo depois dos 25 anos.

Prática sexual

> 71% praticam sexo oral, e entre as mulheres mais jovens a prática cresceu 13% (de 64% para 77%). A masturbação continua uma prática comum para 73% das mulheres, mas a masturbação cruzada cresceu 12% nas mais jovens.