Gaspar, Oh, cidade minha que os ventos sopram calmamente. Onde as folhas cantam conduzindo-te uma canção. Acolhedor céu desta terra
Tu estás entre a minoria. Entre os povos de uma população. Mas conquistaste tu o motivo da minha declamação; No dia dezoito de março é o dia que mais um ano tens. Quero dar eu o primeiro passo. Desejando-te meus parabéns.
Vastos campos verdes onde o gado dia e noite pasta, pelos rios e fontes a beber. Aguas limpas e claras que tu tens a nos oferecer. Terras enxutas e solos planos. Não negam quando perguntam:
E aí Gaspar, fazes tu quantos anos? Com alegria e sensatez. A multidão diz: oitenta e três. Sem mais delongas neste cenário finalizo a minha apresentação. Para a cidade que faz aniversário, deixando eu, Ludimila, uma singela saudação!
Ludimila Maria Cardoso,
Aluna da Escola Honório Miranda
"Caco - o Viajor"
A notícia chegou como um raio, sem sequer termos tido tempo para entender direito o que estava acontecendo. O telefone tocou, a Arlete atendeu, e a tristeza doída desceu como um furacão. "O Ricardo" faleceu! Quando ela chegou até onde eu estava, de princípio não entendi direito do que se tratava, mas bastaram poucos segundos para a ficha cair: Meu Deus, o Caco morreu! Como? Quando? Por quê? Eram perguntas que fervilhavam em nossa mente, porque não desejávamos acreditar. No entanto, aos poucos, fomos tomados por uma certeza inacreditável que sim, a notícia era verdadeira, pois foram os próprios pais, Ari e Neusa que nos passaram. Não conseguíamos controlar o choro, as lágrimas sentidas, o coração despedaçado, a amargura e até, em duvidarmos em Deus. E agora? O que irá acontecer com ele, será que existe realmente aquele tão falado pelas religiões, "o outro lado?", uma outra vida? Um talvez, sem ter certeza, daquela promessa feita por Jesus Cristo, da ressurreição final, da chegada ao fim do túnel, o reencontro com os entes queridos já elevados em outras dimensões? Quantas dúvidas, Senhor, quanta falta de segurança.
Será que tudo que nos foi ensinado por nossos pais, pelas religiões eram verdades ou simplesmente algo em que nos agarrarmos, para não termos surtos terríveis? Tínhamos que ter fé. Fé em Deus! Fé em Jesus Cristo! Fé na Virgem Maria! Caco havia se tornado um Viajor. Percorreria agora a trilha que o levará aonde sempre mereceu. Enquanto aqui vivia foi um excelente filho, pai, esposo e médico. Agora seu caminho era outro. Percorreria as pradarias do infinito. Deixará saudades? Claro que sim, porque todos os bons deixam. Sua ausência será sentida? Claro que sim. Fará falta a sua ausência? Os bons deixam sua marca para sempre e o Caco deixou-a para que aqui se eternizassem. Sinto que meus olhos começam a marejar, que minha visão começa a ficar turva, que meus sentimentos aumentam a cada pensamento, cada palavra dita. Está na hora, penso comigo. Está na hora de largarmos o Caco e deixá-lo ir, pois terá pela frente uma nova vida, novas trilhas e novos rumos. Irá seguir o que lhe ensinaram e o que a vida lhe mostrou. Soube fazer de si um grande "Viajor, de campos e sonhos, de cores e flores, de coração puro e mente aberta". Navegará através dos infinitos céus ensinando e aprendendo o que agora será necessário. E sua família? Sua esposa Tânia e seus filhos Bruno e Guilherme? Bem, vocês, assim como nós, vamos vê-lo de vez em quando, através dos sonhos e das nossas conversinhas reservadas de espírito para espírito. Iremos voltar a nos encontrar? Espero que sim, porque ele foi para um lindo lugar mas eu? (não sei né!). A vida, aqui na terra, vai continuar, quer queiramos ou não, então nossa missão deverá ser dobrada, mas Deus que é perfeito em tudo já determinou como será. Vamos apenas esperar, vivendo 1 dia de cada vez,somente. Encerro com uma pequena frase: "Não tenho medo da saudade, tenho medo sim de NUNCA sentir saudades". Caco, te amamos.
Tio Cesar e família
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