Dia 5 de abril estará marcado como um dia histórico envolvendo o ex- presidente Lula, que se declara não humano, uma ideia, mas, julgo eu, é apenas um ser mitológico, ou quem sabe uma "boa ideia", plagiando aquela propaganda de cachaça. Primeiro, porque foi durante a madrugada que o STF (Supremo Tribunal Federal) negou o habeas corpus do Lula. Segundo, pelo pronto comunicado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região ao juiz Moro.
Moro, por sua vez, executou a prisão de Lula de um modo surpreendente: deu a Lula a oportunidade de entregar-se até às 17h do dia seguinte, dia 6. Além de proibir algemá-lo e dedicar-lhe uma cela especial. Tudo em razão da "dignidade do cargo ocupado". Cabe ressaltar que era uma sexta-feira e que a decisão de Moro foi feita em menos de 20 minutos, pegando a nação atônita no final da tarde.
Lula entrincheirou-se no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e convocou a militância. A partir de então os rádios e canais de TV pagos passaram a transmitir ininterruptamente.
Imediatamente começaram as agressões. Inicialmente, um cidadão comum foi brutalmente empurrado contra um caminhão por "seguranças" do senador Lindbergh, sofrendo traumatismo craniano. Depois, atacaram uma residência da presidente do STF e começaram a agredir jornalistas. E quem ataca jornalistas? Democratas e republicanos?
Após vencer o prazo dado por Moro -uai, não era só chamar que ele ia?-, anunciaram que Lula negociara com a Polícia Federal entregar-se após uma missa pela manhã do sábado. Uma missa deveras estranha, com padres e bispo atestando a honestidade de Lula e afirmando que ali só tinha gente pacífica, contra todas as imagens ao vivo.
Finalmente, Lula fez seu tão esperado discurso. Ficara patente outra intenção do juiz Sérgio Moro, concedeu o direito universal ao Jus Sperniandi... E Lula esperneou, e como esperneou! Parecia um porco quando tem seu peito rasgado por uma faca afiada em busca do coração.
Lula mudou de ideia e resolveu almoçar com a família. Mais tarde, entrou em um carro e tentou sair para entregar-se, mas... Os discursos de ódio e resistência produziram seus efeitos, insurgiram-se e não permitiram que Lula saísse.
Finalmente, a PF deu um ultimato e Gleisi consagrou o ato mais emblemático, foi até a militância inflamada e suplicou que permitissem Lula sair, pois receberam um ultimato da PF e Lula seria muito prejudicado. Então, Lula não vai de carro próprio, faz uma humilhante caminhada até uma viatura da PF. Ironia do destino, a placa do carro tinha as letras FPD, anagrama ao desqualificativo mais popular da Língua Portuguesa.
Então, para surpresa de todos, Lula foi encaminhado a um avião monomotor, que pelas imagens parecia mais um teco-teco, mostrando ao mundo que para a PF a "dignidade do cargo" diminuíra.
Talvez tenha diminuído para a maioria da população brasileira, quiçá do mundo, mas o certo é que essa carochinha ainda não acabou. Os ministros do STF fiéis a Lula tentarão mudar o entendimento da Constituição para a prisão em segunda instância. Interpretação que libertará também estupradores e pedófilos.
Mario Eugenio Saturno,
Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.
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