As identidades não são coisas com as quais nascemos, mas são formadas no interior das representações, ou seja, são construções sociais e pessoais. Desta forma, ter uma identidade fixa como Sarte aconselhava, é hoje nesse mundo fluído uma decisão de certo modo, suicida.
O que somos é uma colcha de retalhos! Nela encontramos influencias de pessoas que, direta ou indiretamente, afetam nossa constituição como sujeitos. Faz parte das diferentes experiências e contextos. Dentro de mim, ouço vozes dos outros, que formam um eu. Eu não sou somente eu, mas reflexo de todos que me constituem. Nossa identidade é espelho das interações com os outros indivíduos que compõem a sociedade. Segundo Eni Orlandi (pesquisadora e  introdutora, da análise do discurso no Brasil) nosso discurso é afetado pela linguagem, pela história e pela ideologia, mesmo que não reconhecemos. Somos formados por múltiplas identidades de: filhos, pai, mãe, sogra, amigo, vizinho, professor, advogado, médico, motorista... E em cada uma assumimos formas singulares de agir e reagir. De impor uma uniformidade de comportamentos, pensamentos e hábitos dentro de um grupo. Implica dizer que, cada sujeito ao definir sua identidade, o faz estabelecendo em relação aos outros, ou seja, é o encontro dos "iguais" no mundo dos diferentes.  A identidade é na verdade relacional e a diferença não passa de uma marcação simbólica relativamente à outra. Ao assumir uma identidade me excluo do pertencimento a outras. Como escreveu Cecília Meireles "ou isso, ou aquilo", ou ainda, "diga com quem tu andas e eu direi quem tu és" está na bíblia. Portanto, o homem é sujeito de sua ação.  Na nossa trajetória de vida,  assumimos diferentes papéis sociais, tecidos no constate diálogo do micro e macro universo: vozes que gritam ou emudecem na polifonia em construção das múltiplas identidades. Assim, viva o eu! Viva ou cuidado, com os outros que nos constituem! 

Eli Regina Nagel dos Santos, 
Mestre em Educação.Gestora e Professora na Escola do Sítio Pássaro Encantado - Gaspar (SC)

 

 

Sonhos e planos

 

 É normal perguntar para as crianças quais são seus sonhos e os planos para o tão esperado "quando crescer". No entanto, o que muitos pais não percebem é que o "quando crescer" desses pequenos chega muito rápido e, para realizar esses sonhos criativos, é necessário planejar como será o futuro financeiro de seus filhos. Os custos com universidade, viagens, imóveis e até mesmo aposentadoria começam a acumular na ponta da caneta dos pais mais preocupados. Investir em uma previdência privada, por exemplo, pode ser uma boa opção para realizar esses sonhos sem desembolsar grandes quantias quando o pedido por ajuda financeira chegar. 
Para ter uma ideia, em 18 anos investindo R$ 100 ao mês, considerando uma rentabilidade de 8% ao ano, é possível acumular R$ 44 mil. Portanto, cada mês a partir de hoje pode significar um desejo realizado. 
A previdência privada infantil é uma das modalidades que mais crescem no país e vem ganhando força em razão das condições econômicas atuais. A rentabilidade do investimento varia de acordo com a opção escolhida, que pode ser com menor ou maior exposição a risco, e também de acordo com as taxas cobradas. Bancos e cooperativas podem oferecer esse tipo de produto, com diferentes condições como taxa de administração ou até mesmo a inexistência do carregamento mensal, cobrado por muitas instituições. O importante é procurar a melhor alternativa para esse investimento. Ao pesquisar, leve em conta também os planos oferecidos por cooperativas financeiras. Essas instituições não visam lucro e podem cobrar taxas bem menores do que as dos bancos comuns. Além disso, é possível deduzir do imposto de renda o valor investido no plano de previdência até o limite de 12% da renda anual.

Vivien Aucar de Tolla,  
Especialista em Investimentos e Previdência da Unicred SC/PR