Lendo o editorial do Jornal Metas, na edição de número 1.422 de 21 de junho, deparei-me com a opinião do jornal de que o executivo municipal atual recebeu uma herança maldita da gestão anterior.
Definitivamente não posso concordar que eu tenha deixado uma herança maldita. Deixei sim obras em andamento com recursos na conta para terminar todas as que estão iniciadas e ainda por iniciar, como por exemplo, a reurbanização da Rua Itajaí (R$6,8milhões); o projeto para tratamento de esgoto que garante a implantação da rede coletora e o sistema de tratamento de efluentes dos bairros Centro, Sete de Setembro e Santa Terezinha (R$ 36 milhões), Escola Olímpio Moretto (R$ 900mil), a Rua Artur Poffo e Pedro Schmitt Junior (R$ 6 milhões), a Unidade Saúde do Gasparinho (R$ 800mil), Rua Madre Paulina (R$ 2,5 milhões), Unidade Saúde Margem Esquerda (R$ 600mil), drenagem pluvial, pavimentação e execução do esgotamento sanitário do Loteamento Arábia Saudita (R$ 8 milhões), Unidade Saúde Poço Grande (R$ 800mil), Rua Amadio Beduschi (R$700mil), drenagem e pavimentação da Rua Bonifácio Haendchen (R$ 7 milhões).
Quem dera eu tivesse recebido a Prefeitura nessas condições quando assumi em 2009. Posso dizer que aí sim recebi uma herança maldita do PMDB. A cidade estava um caos, uma calamidade em todos os sentidos, inclusive com o hospital fechado.
As dificuldades burocráticas, infelizmente fazem parte da administração pública. Eu sempre fui um crítico do excesso de leis que permeiam a administração pública, que mais atrapalha do que ajuda, entretanto ainda é a melhor forma de moralizar a administração pública.
Imagina o quanto é triste para mim, que fiz a maior parte do trabalho que é o de conseguir os recursos não ter concluído algumas obras que estariam beneficiando toda a cidade. Nossa administração deixou para Gaspar mais de 300 ruas pavimentadas, viaduto, Policlinica, hospital aberto e funcionando, ponte reformada no centro, reubanização da cidade, drenagens dos bairros Santa Terezinha, Sete de Setembro, Coloninha e Bela vista. Drenagens e pavimentações na Margem Esquerda. Um Instituto Federal, CDI's novos, a escola Luiz Franzói, reforma e ampliação de todas as escolas e CDI's, uma ponte nova, várias pavimentações afálticas e a Arena Multiuso. Tudo isso não pode ser uma herança maldita.
Mas é assim que funciona, a cidade não pode parar. O governo que assume o comando de uma cidade tem que ter vontade e capacidade para administrar os conflitos diários juntamente com o seu plano de (gestão), afinal foi dito em campanha que se tinha competência para fazer um governo melhor do que foi o meu.
O povo desta cidade e eu, estamos aguardando e torcendo para começar a aparecer os resultados do choque de gestão desta gestão. Eu posso dizer até que tenho uma ponta de inveja do capital político desta administração.
Afinal, eles têm o vice-governador do estado, cinco deputados estaduais, seis deputados federais, três senadores, e o presidente Michel Temer, que inclusive pediu votos para este governo. É ou não, de ter inveja? Acho que neste governo, recursos jamais serão problemas. Lembrando que no meu governo eu tinha apenas uma deputada estadual, um deputado federal, uma senadora e a Presidente da República.
Pedro Celso Zuchi,
Ex-prefeito de Gaspar
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