Polícia Civil detalha prisão do autor de estupro ocorrido em plena luz do dia em Blumenau
-
Delegado Felipe Orsi, da DPCAMI, detalha prisão do autor de estupro em Blumenau (Fotos: FOTO: REPRODUÇÃO)
Prisão do homem aconteceu nesta quarta-feira, dia 27.
Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, dia 27, a Polícia Civil de Blumenau, por meio da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Blumenau, deu mais detalhes sobre a prisão do autor do crime de estupro contra uma mulher de 25 anos, ocorrido na segunda-feira, dia 25, no bairro Ponta Aguda.
O delegado responsável pela investigação, Felipe Orsi, informou que a prisão do homem, que tem 21 anos, aconteceu por volta de 17h30 desta quarta-feira (27), no limite entre os municípios de Blumenau e Pomerode. O homem foi abordado na rodovia.
Segundo a vítima relatou em depoimento à polícia, ela estava em horário de intervalo do trabalho e sentou-se na escadaria próxima à Ponte de Ferro. Em determinado momento, o autor passou por ela, fez menção de cumprimentar e foi embora. Logo em seguida ele voltou, aplicou um golpe "mata-leão" na vítima, que fez com que ela perdesse a voz e a consciência, e a arrastou para o matagal próximo. O crime durou mais de 30 minutos.
O crime está sendo tratado como estupro e tentativa de homicídio, pois, conforme detalhou o delegado, a intenção do autor era matar a mulher para ocultar a prática do estupro, por isso, utilizando-se de uma pedra, ele deu sete golpes na cabeça na vítima. A moça chegou a quebrar o nariz e a mão ao tentar proteger a cabeça.
O delegado destacou que o homem apenas não conseguiu matar a mulher por três motivo. "Ele somente não conseguiu o intento dele, que era o homicídio por três razões: a primeira delas é que esse indivíduo não era muito forte fisicamente, ele é franzino. O próprio patrão dele disse que ele não tinha muita força se quer para segurar uma furadeira. Outro motivo é que começaram a passar pessoas ao lado da escadaria e ele ouviu algumas vozes, se preocupou e saiu correndo. Por isso que ele interrompeu as ações também. E o terceiro motivo foi que, por um instinto, por uma coragem da vítima, ela colocou a mão atrás da cabeça que a protegeu. Ela acabou fraturando as mãos para se proteger dos golpes de pedra", disse.
O delegado ainda destacou que o homem estava usando maconha no local.
Captura
As buscas pelo homem iniciaram-se logo após o fato. O delegado afirmou que o patrão do homem contribuiu muito com as investigações, isso porque, no dia do crime, o rapaz chegou para trabalhar sujo e todo arranhado. O patrão inclusive deu uma calça limpa para ele.
Após o surgimento das primeiras notícias do crime, o homem chegou a desconfiar do funcionário. "É um crime difícil de ser elucidado em razão do local em que foi praticado, local ermo, não haviam testemunhas desse indivíduo, ninguém havia visto ele lá, surgiram algumas informações, mas ninguém havia visto ele entrar ou sair daquele matagal, mas os investigadores varreram toda a região em busca de elementos que pudessem angariar o paradeiro desse indivíduo. Conseguiram traçar a rota que esse ele fez após sair do matagal e se abrigar, na sequência, em um edifício ali perto. Ele tocava a campainha de um edifício ali perto e identificou-se que esse edifício era do patrão dele e, logo em seguida, em contato com os policiais civis, chegou-se a autoria do crime", contou Orsi.
Após, a Polícia Civil fez o procedimento de identificação fotográfica com a vítima, em que cinco fotos de elementos parecidos foram colocados diante dela e, sem dúvida alguma, ela apontou para o autor. Outro elemento que serviu para a identificação do agressor foi a calça que ele usava no dia do crime, que foi descrita pela vítima como uma calça jeans "mais surrada", de cor mais clara. Ela também reconheceu a peça de roupa imediatamente.
A pedra usada para golpear a moça não foi localizada em razão do local
Depoimento
O homem foi preso em flagrante no limite entre as cidades de Blumenau e Pomerode. Além da vítima, o patrão, os policiais que atenderam o caso e outras testemunhas foram ouvidas. Em seu depoimento, o homem confirmou ser o autor do estupro, que esteve na escadaria, mas disse não se lembrar dos detalhes. Ele ainda relatou que não conhecia a moça, não tinha nenhum tipo de ligação com ela e que foi uma escolha aleatória.
O delegado informou ainda que o homem não tinha passagens pela polícia, apenas um boletim de ocorrência registrado por uma briga doméstica com o padrasto.
O pedido de prisão preventivo já foi feito e agora o autor aguarda a audiência de custódia.
Vítima
O delegado da DPCAMI, Felipe Orsi, ainda relatou que a vítima continua muito debilitada. No dia do crime ela foi encaminhada ao hospital, onde passou por atendimento médico. Além disso, ela fez diversos exames, principalmente neurológicos por causa dos golpes que recebeu na cabeça. Ela também segue em tratamento pelos traumas na mão e no nariz.
Já a agressão aos dois moradores de rua, que aconteceu no dia do crime, está sendo investigado, mas por outra delegacia da Polícia Civil.
Deixe seu comentário