Novo espaço vem preencher uma carência em Gaspar de mais opções de clínicas de fonoaudiologia


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A fonoaudióloga Mariana, o marido Sidnei e os filhos Igor e Heloisa/ FOTOS IVAN LUCHTEMBERG - JORNAL METAS

Gaspar ganhou uma nova opção na área da saúde nesta virada de mês. Na noite de terça-feira (30) foi oficialmente inaugurada a Clínica Auditiva Barbieri, localizada na Avenida Deputado Francisco Mastella, 95 - sala 8 - Edifício Gaboardi, no bairro Sete de Setembro. O espaço vem preencher uma lacuna em Gaspar, que é a falta de opções de clínicas voltadas para o tratamento de pessoas que apresentam problemas na voz, fala e audição.

Além do atendimento fonoaudiológico para adultos e crianças, a clínica oferece exames clínicos e comércio de aparelhos auditivos e acessórios. O empreendimento é da fonoaudióloga Mariana Barbieri, que vai dividir o consultório com outra fonoaudióloga: Jéssica Jacques Gomes. "Nosso trabalho é facilitar ou aprimorar a comunicação desses pacientes através do diagnóstico fonoaudiológico e reabilitação de distúrbios de audição e equilíbrio, motricidade oral e fala, voz, linguagem oral e escrita, dificuldade na aprendizagem e até distúrbios alimentares que podem estar associados a diferentes motivos como autismo, síndromes, alterações neurológicas, deficiência auditiva, ou mesmo um atraso de linguagem sem nenhum outro fator", explica Mariana, Hoje, segundo ela, esses problemas são bem mais comuns do que se imagina, sendo importante o diagnóstico na fase inicial, para que o tratamento inicie o mais breve possível.

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Tânia (Secretária) e as fonoaudiólogas Mariana e Jéssica (à direita)/


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A familía Barbieri: Luana, Sidnei, Jacinta, Mariana e Antônio/

Sonho realizado 

Por trás do novo empreendimento, uma bela história de vida. Há cerca de dez anos, Mariana Barbieri sequer imaginava que um dia se tornaria proprietária de uma clínica especializada em fonoaudiologia. Porém, ela acredita que "Deus tem sempre um propósito para cada um de nós". E, de fato, a partir de 2011 a vida de Mariana começou a mudar com a chegada de Ana Luisa.

A filha nasceu com síndrome de Down e, na sequência, foi diagnosticada com mielodisplasia (pré-leucemia que provoca alterações na medula óssea). A doença atinge apenas 10% dos bebês portadores de Down e, em alguns casos, pode regredir de maneira espontânea nos primeiros meses. E foi o que aconteceu com Ana Luisa, porém, dez meses depois a doença voltou. Paralelamente ao tratamento, o médico indicou um fonoaudiólogo para estimular a fala e audição. A família procurou o Dr. Rodrigo França, um dos mais conceituados da região.

E aí começa a história da mãe de Ana Luisa com a fonoaudiologia. Mariana trabalhava até então auxiliando o marido, Sidnei, na confecção da família, no bairro Bateias, mas precisou abandonar o trabalho para se dedicar inteiramente à filha. O tratamento era complementado em casa, com longas sessões de exercícios de estímulo à fala e audição. "Passei a me interessar muito pela fonoaudiologia, me imaginava um dia trabalhando com pessoas que tinham essas limitações", conta Mariana.

Mas o foco, naquele momento, era o tratamento da filha, que precisava de um doador de medula óssea na própria família, já que outra pessoa havia risco enorme de rejeição. Mariana decidiu engravidar, embora as chances de compatibilidade fossem de apenas 25%. Mas, o tempo foi curto para salvar a pequena Ana Luisa. Com um ano e sete meses de vida, o estado de saúde do bebê se agravou e, após um mês de sessões de quimioterapia, ela faleceu. "Eu tinha um plano e Deus outro. A gravidez da Heloísa foi a esperança de superar esta fase difícil, de apaziguar a dor e ter uma chance de recomeçar, levantar e seguir em frente", revela Mariana.

A ideia, porém, de trabalhar com pessoas que apresentavam limitações na fala e audição não foi abandonada. "Eu continuava sentindo uma vontade muito grande de estar neste mundo, de usar minha experiência de vida para ajudar outras pessoas", relata a fonoaudióloga. Ao completar 28 anos, Mariana decidiu que era o momento de voltar a estudar. "Todo mundo sabe o quanto é difícil retomar os estudos quando se está há muito tempo longe deles", admite. A mãe de Ana Luisa, Heloisa, sete anos, e Igor, de 17 anos, superou esse desafio e graduou-se fonoaudióloga em janeiro deste ano. "Hoje posso dizer que sou uma pessoa realizada e devo muito a Ana Luisa, pois se ela não tivesse nascido jamais eu teria me interessado pela fonoaudiologia", afirma Mariana. A Clínica Auditiva Barbieri, é o começo de um novo ciclo. "Acima de tudo, eu e a Jéssica estamos fazendo o que realmente gostamos e ainda vamos poder ajudar outras pessoas a superarem dificuldades", finaliza.

Serviços oferecidos pela Clínica Auditiva Barbieri

- Atendimentos Infantil e adulto

- Exames e avaliação auditiva

- Diagnóstico fonoaudiológico

- Fonoterapia nas áreas de voz, fala, audição, linguagem oral e escrita

- Seleção, comércio e adaptação de aparelhos auditivos e acessórios

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Em 21 de março de 2012, mãe e filha estamparam a capa do Jornal Metas em uma reportagem por ocasião do Dia Internacional da Síndrome de Down.


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Ana Luisa foi uma das estrelas da campanha do Jornal Metas que pregou a inclusão social. "Mesmo com as diferenças somos iguais", dizia a frase-tema. A campanha publicitária foi vencedora do Prêmio Adjori/SC de Publicidade em junho de 2013.


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Em novembro de 2012, Ana Luisa foi uma das crianças escolhida para posar, ao lado da apresentadora Xuxa Meneghel, para o calendário beneficente "Happy Down". A sessão de fotos aconteceu no Rio de Janeiro. 

Endereço: Edifício Gaboardi - Avenida, Deputado Francisco Mastella, 95 - sala 8 - Sete de Setembro, Gaspar

Contato: (47) 3318-0700