Diversas empresas e representantes de Blumenau foram vítimas dos crimes.
Nesta semana, a Polícia Civil de Blumenau, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC), descobriu um esquema de crimes de estelionato, associação criminosa, receptação simples e qualificada na cidade de Ilhota. Os suspeitos chegaram a ser presos em flagrante, mas após audiência de custódia e pagamento de fiança foram postos em liberdade.
A investigação partiu do registro de ocorrência de um empresário de Blumenau que narrou ter caído em um golpe. Ele disse que uma pessoa se passando por um representante da empresa Max Mohr, também sediada em Blumenau, ligou para ele e efetivou a compra de 15 bobinas de alumínio, avaliadas em aproximadamente R$ 24 mil, para pagamento em boleto. A carga foi recolhida, mas o boleto não foi reconhecido pela empresa Max Mohr, uma vez que não tinha realizado a compra.
Na segunda-feira (20), a matriz da empresa lesada de Blumenau (representante), com sede em Joinville, recebeu novo pedido do suposto representante da empresa Max Mohr para vender 10 bobinas de alumínio. Nesta terça, após a coleta do material em Joinville, os policiais civis da DIC de Blumenau passaram a acompanhar o freteiro até o destino. Em Barra Velha, um dos presos esperava o caminhão. Assim que o veículo foi descarregado em uma residência, os policiais realizaram a prisão.
Uma hora depois, outro freteiro carregou o caminhão com a mercadoria deixada em Barra Velha. O destino final da mercadoria desviada era uma loja de materiais de construção localizada em Ilhota. O próprio dono do estabelecimento foi quem recebeu a carga fraudada. Ele também foi preso em flagrante. No local, os policiais ainda recuperaram a carga desviada da cidade de Blumenau, 15 bobinas de alumínio.
O interlocutor que negociou o material se passando pelo representante da empresa Max Mohr ainda não foi identificado. O prejuízo, se a carga não fosse recuperada, seria superior a R$ 40 mil.
Novos casos
Após o caso vir à tona, outras empresas de Blumenau procuraram a Polícia Civil para relatar que também foram lesadas pela mesma loja de material de construção de Ilhota. Entre quarta e quinta-feira, dias 22 e 23 de novembro, os policiais retornaram à loja de material de construção e identificaram diversas mercadorias desviadas das empresas Coremma, QI Tintas, Tintas Benedett, Alusupra Alumínio e Inkor Argamassas, as quais foram apreendidas e restituídas aos respectivos representantes.
A Polícia Civil alerta que os golpistas estão utilizando dados fraudulentos das empresas RV Incorporações e Empreendimentos Imobiliários e Max Mohr para realizar compras no comércio.
Um inquérito policial foi instaurado para apurar todas as circunstâncias, bem como identificar as pessoas envolvidas nesse esquema.
No dia 21 de novembro, após primeira denúncia, o proprietário da referida loja de Ilhota foi preso em flagrante pelos crimes de receptação qualificada, associação criminosa e estelionato. Porém, na audiência de custódia, o Juízo de Gaspar concedeu liberdade provisória ao investigado, impondo medidas cautelares como monitoramento eletrônico, além do pagamento de fiança no valor de R$ 1.320. Ele pagou e foi solto.
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