Noveletto fez essa declaração em função do estado psicológico do jogador após as denúncias contra ele
Neymar deveria se desligar da Seleção Brasileira, afirma vice-presidente da CBF / FOTO DIVULGAÇÃO
O jogador Neymar pode ficar de fora da Copa América, que começa daqui há 9 dias. Essa é a opinião do vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Francisco Noveletto. Em entrevista ao SBT, na noite desta terça-feira (4), o cartola afirmou que Neymar provavelmente optará por não participar da Copa América. Para Noveletto, o principal jogador da Seleção Brasileira não teria condições psicológicas de render o que deveria dentro de campo em função da possibilidade de um suposto vídeo comprove a acusação de agressão contra uma mulher. Em entrevista ao Jornal O Estado de São Paulo, o ex-advogado da mulher que se diz vítima de estupro confirma a existência de um vídeo em que o jogador comete as agressões.
"Se o Neymar vier, é capaz de o Brasil não chegar. Eu conheço a imprensa. A imprensa vai pegar no pé. E tem muito mais coisa para aparecer. Um amigo meu do Rio de Janeiro disse que tem mais um vídeo para ser jogado na rua. Se eu sou o Neymar?", ressaltou Noveletto.
O vice-presidente da CBF ainda afirmou que talvez Neymar não está em condições psicológicas de enfrentar a imprensa durante a competição e que seu desligamento da delegação brasileira seria benéfico tanto para o jogador quanto para a CBF. "Ele não vai render. Já deixou a desejar na Copa do Mundo. Imagina essa carga emocional?", disparou o cartola.
Apesar da pressão, Neymar segue confirmado para a estreia do Brasil na competição. Na manhã de terça (4), em Paris, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, garantiu que o problema extra-campo não vai tirar Neymar da Copa América. "Temos total confiança nele", acentuou.
José Edgard da Cunha Bueno Filho, ex-advogado da mulher que diz ter sido estuprada pelo jogador Neymar, confirmou em entrevista ao Jornal O Estadão a existência do suposto vídeo que comprova as agressões sofridas pela moça. Segundo o advogado, que renunciou o caso após divergências com a cliente, o vídeo foi gravado durante o segundo encontro entre os dois. Ele explicou que não teve acesso completo ao vídeo e que não poderia comentar sobre o conteúdo por questões de ética entre advogado e cliente. Mesmo assim, o advogado entende que, em uma análise preliminar, teria havido um consentimento de uma relação normal entre homem e mulher, porém, durante o ato teriam havido as agressões que devem ser investigadas pela polícia. José Edgard se afastou do caso por divergências com a sua cliente, pois na análise das provas e conversa com a mulher ele constatou que o caso se tratava de agressão física e não de estupro. "Eu não queria apressar as coisas e fazer de uma forma midiática, que é a minha forma de atuar. Ela estava desconfortável, aflita, abalada psicologicamente. Nós tivemos uma discussão sobre a estratégia do caso, e ela fez umas considerações indevidas a meu respeito. Senti no momento que tinha quebrado a relação de confiança entre advogado e cliente", revelou. A nova advogada da suposta vítima contradisse os advogados anteriores. Segundo Yasmain Pastore Abdala, a sua cliente falou ao ex-advogado que foi agredida e depois estuprada.
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