Primeiros resultados serão apresentados nesta semana à Secretaria de Estado da Saúde

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A vacina tríplice viral, ou a MMR, usada na prevenção contra o Sarampo, Caxumba e rubéola, pode ser uma aliada na prevenção ao novo Coronavírus. Pesquisa, iniciada em julho do ano passado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ainda não conluída, mostrou resultados satisfatórios com voluntários da área da saúde.

O Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), vem acompanhando o estudo. A pesquisa está sendo realizada desde julho de 2020 e os primeiros resultados serão apresentados à SES no início desta semana. A SES é que vai decidir se deflagra ou não uma campanha de vacinação em massa da tríplice viral. Num primeiro momento, o Governo do Estado teria 500 mil doses da vacina, resta saber se a Divisão de Vigilância Epidemiológica (DIVE) terá insumos suficientes, ou seja, seringas. De acordo com informações da SES, no ano de 2020 iniciou-se um processo de aquisição de insumos para serem utilizados nas diversas ações e campanhas de vacinação que ocorrerão ao longo do ano de 2021, inclusive pensando na possibilidade de uma ação de imunização em massa com a tríplice viral.

O estudo da tríplice viral no combate ao Coronavírus faz parte de um edital de 2020 lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). De acordo com a Fundação, dados preliminares apontaram a redução pela metade do risco da pessoa contrair a COVID-19 sintomática, caso a vacina seja utilizada. A necessidade de internação cairia 74%. Segundo os primeiros resultados, a tríplice viral pode reduzir a gravidade da doença porque estimula o sistema imunológico. Para realizar a análise, 430 profissionais da saúde da Grande Florianópolis foram acompanhados. Metade deles recebeu a vacina e a outra metade placebo. O prazo final da pesquisa é junho deste ano. "Esperamos os resultados concretos da pesquisa e estamos atentos a todas possibilidades reais que venham auxiliar no combate à pandemia. Porém, é preciso um resultado que justifique toda a mobilização, dada a complexidade de um processo de campanha vacinal concomitante a que já estamos realizando com as vacinas da Covid-19", explica o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.

Sobre o estudo da UFSC

A tríplice viral age contra sarampo, caxumba e rubéola, e usa microorganismos vivos e atenuados. O superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Eduardo Macário reforça que está sendo dada toda a atenção ao estudo. "A SES está tratando o assunto com a máxima seriedade. Estamos aguardando o compartilhamento dos relatório da pesquisa com a descrição da metodologia e dos resultados definitivos do estudo. Para assim discutirmos com os pesquisadores e especialistas visando sua possível implantação como estratégia complementar ao enfrentamento à Covid-19, definição de público-alvo e demais estratégias. Também vamos debater com os secretários municipais a viabilidade dessa ação", explicou. Mas ele reforça que é importante manter todas as ações de prevenção, com uso da máscara, distanciamento social, evitando aglomerações e promovendo a higienização das mãos.