Projeto pretende tornar todo o Estado conhecido como um polo tecnológico
O setor tecnológico tem transformado Santa Catarina em um estado que produz tecnologia, e que abrange os segmentos que precisam dessa nova indústria. São quase 50 mil empregos em cerca de 3 mil empresas, um faturamento somado em R$ 11,4 bilhões que representa 5% do PIB (Produto Interno Bruto).
O empresário Jorge Cenci, um dos fundadores da Senior Sistemas, que acaba de completar 30 anos e está entre as maiores do seu segmento, decidiu apresentar um projeto de alavancagem do setor para as entidades e lideranças. "O avanço da tecnologia é uma realidade. Não é só incentivar as empresas que fazem parte deste segmento, como investir na educação de jovens para trabalharem com tecnologia. Enquanto o país registra crescimento do desemprego, o setor tecnológico em Santa Catarina tem mais de mil vagas abertas", afirma.
Com a presença da automação e novas ferramentas tecnológicas em todos os segmentos, torna-se necessário investir em políticas de incentivo. "Estou delineando um projeto que envolva governo, empresas e entidades, com o objetivo de tornarmos Santa Catarina um Estado reconhecido pela tecnologia que produz aqui, assim como é no Vale do Silício. Temos diversas empresas de todos os segmentos atuando no Estado, com mentes incríveis trabalhando no futuro. É necessário vendermos essa bandeira para o restante do País", avalia Jorge.
Em outras épocas o incentivo era a indústria têxtil no Vale do Itajaí e turismo no Estado, agora, de acordo com o empresário, é a vez da tecnologia. Atualmente, segundo o estudo da Acate (Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia), 37% das empresas de tecnologia estão concentradas em Florianópolis, 28% no Vale do Itajaí e 19% no Norte catarinense. Na comparação com outros 12 polos nacionais, a capital catarinense é considerada o terceiro maior do Brasil, perdendo em faturamento apenas para Campinas (SP) e Rio de Janeiro.
O projeto, que ainda está sendo formatado, contempla incentivo a novos empreendedores, por meio de programas de capacitação, aceleradoras, incubadoras e uma rede de investidores anjos e fundos de capital de risco para quem pensa em criar a sua própria startup. Jorge acredita que muitas empresas atuais já são resultados de incubadoras. "Mas é necessário ampliar o incentivo às empresas tecnológicas para outras cidades de Santa Catarina. Estamos muito concentrados em Florianópolis, Blumenau e Joinville", enfatiza.
De acordo com o empresário, o setor tecnológico é o único com capacidade para a geração de empregos na velocidade que é necessária para reduzir o número de pessoas desempregadas. Segundo o IBGE, no Brasil já somam 13,7 milhões de desempregados e a taxa vem aumentando a cada mês. Santa Catarina é um dos Estados com a menor taxa de desempregados. De acordo com a Pesquisa Nacional de Domicílios Contínua (PNAD), os catarinenses desempregados somam cerca de 250 mil pessoas.
De acordo com pesquisas, há empregos sobrando na área tecnológica. "É necessário um plano de incentivo a empresas tecnológicas e investimento em educação e preparar, principalmente, os jovens para essa nova realidade", encerra Jorge.
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