Segurança vai estar na pauta do governo Colombo
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O governador Colombo participou de uma das formaturas da Polícia Militar de Santa Catarina, em 2017 (Fotos: Julio Cavalheiro/SECOM)
A formatura de mais de 900 novos policiais militares, no final do ano passado, recuperou o otimismo do governo e da população catarinense na luta contra a criminalidade no Estado
Atualmente, a maior preocupação dos catarinenses é em relação à segurança, ou a falta dela. O estado enfrentou, nos últimos anos, ataques comandados por facções criminosas que espalharam pânico em todo o estado. Além disso, Santa Catarina sofre com a falta de contingente nas polícias Civil e Militar. Mesmo com o anúncio de mais de 900 policias militares - cinco virão para Gaspar - e de 195 novos policiais civis, sendo 138 agentes e 57 delegados, a demanda ainda é muito maior. Conforme o secretário de Segurança Pública de Estado, Cesar Augusto Grubba, existe falta de policiais nos 295 municípios catarinenses.
Para tentar amenizar o problema, uma proposta foi apresentada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Entidades de fora do governo do estado, como associações comerciais, prefeituras e empresas, vão poder ajudar a custear as atividades de policiamento ostensivo da PM, através convênios. Assim, o policial que quiser aumentar a sua renda poderá trabalhar em seu horário de folga, o chamado contra-turno, em locais de grande concentração de pessoas, usando a farda, a viatura e o armamento oficial de maior calibre, sempre em dupla. É uma proposta que pretende dobrar o número de PMs nas ruas em pouco tempo, além de ser possível com o efetivo atual da Polícia Militar.
Apesar de não ser a solução definitiva, a proposta agrada tanto a policiais quanto à comunidade. Além desta proposta, diversas outras também procuram fortalecer a segurança no estado. Uma destas propostas amplia o prazo de acumulação de chefia de delegacias de três meses para um ano, podendo ser renovado.
Com isso, um único delegado poderá chefiar mais de uma delegacia por até dois anos, o que ajuda a resolver o problema da falta de delegados para atender todas as unidades policiais do estado. O mesmo projeto também altera questões referentes ao banco de horas que prejudicam os servidores do Instituto Geral de Perícias (IGP) e de policiais civis, além de retribuição paga aos delegados.
Já para tentar conter a violência feminina, um projeto quer distribuir dispositivos de segurança preventivo para mulheres que são vítimas de violência doméstica e familiar, mesmo com a medida protetiva aplicada, em todo o Estado. Pelo projeto, as mulheres podem receber um "botão do pânico" (que quando usado dispara um alarme no posto policial mais perto) e o monitoramento eletrônico de agressores.
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