Ele ainda feriu outras quatro pessoas, incluindo a ex-mulher

O homem acusado de matar a própria filha, Géssica Dias Tizon, de 20 anos, com golpes de faca e ferir a ex-mulher e outras três pessoas da mesma família vai a júri em agosto deste ano na comarca de Ascurra, no Vale do Itajaí. A sessão do Tribunal do Júri será presidida pelo juiz Josmael Rodrigo Camargo, da Vara Única daquela comarca. O crime ocorreu em abril do ano passado, na localidade de Rio Belo, na cidade de Rodeio.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, uma escalada de violência permeou toda a união do casal - que conviveu em união estável por aproximadamente 23 anos e teve três filhos -, mas foi nos 15 dias anteriores ao fato que as agressões e ameaças se intensificaram. Cansada da situação, a mulher procurou a polícia e pediu uma medida protetiva contra o agressor, mas, antes mesmo de ser intimado da decisão, o homem teria decidido matar a companheira e quem mais tentasse impedi-lo.

Ainda de acordo com a denúncia, armado com uma carabina artesanal calibre .22, uma faca tática e uma faca de cozinha grande, o denunciado foi até a residência da família da ex-mulher, no bairro Rodeio 32, em Rodeio, no Vale do Itajaí, na noite do dia 12 de abril do ano passado, e esfaqueou - com quatro golpes - a própria filha, que não resistiu aos ferimentos e morreu; ainda, feriu outras quatro pessoas: a ex-mulher, de 39 anos, o ex-sogro, de 61 anos, a ex-sogra, de 56 anos, e o ex-cunhado, de 34 anos.

A ex-mulher ficou gravemente ferida, mas acabou se recuperando. As outras vítimas também precisaram ser encaminhadas para o hospital. Segundo a Polícia Civil revelou na época, a ex-companheira havia procurado a Delegacia de Polícia do Município de Rodeio para pedir medida protetiva de urgência - que foi imediatamente encaminhada ao Poder Judiciário da Comarca de Ascurra e deferida - determinando que C.T se mantivesse distante da vítima e de seus familiares. Géssica Dias Tizon foi sepultada em Gaspar um dia depois do crime.