Presidente da entidade, Mário Aguiar, diz que que protocolos nas fábricas são rigorosos e que 14 dias de lockdown vão trazer graves consequências
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Divulgação SECOM
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) manifestou ao governo do estado a preocupação com um potencial fechamento das atividades econômicas, posicionamento que coincide com o das demais entidades que integram o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM). Em ligação ao governador Carlos Moisés, na manhã deste sábado (27), o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, argumentou que o trabalho nas indústrias é seguro e que a atividade industrial é essencial, inclusive para gerar os recursos necessários para combater a pandemia.
"A vida está sempre em primeiro lugar. Não há contradição entre a manutenção da atividade fabril e a proteção à saúde das pessoas. Os profissionais estão seguros dentro das fábricas, pois os protocolos são rigorosos e seguidos à risca", diz Aguiar. "A disseminação do vírus ocorre em outras circunstâncias e, por isso, o mais importante neste momento é a observância dos protocolos, especialmente no que se refere a evitar as aglomerações, o que exige a consciência das pessoas quanto ao momento crítico da pandemia", acrescentou, lembrando que a eficácia dos lokdowns têm sido questionada internacionalmente.
O presidente da FIESC também lembrou que a atividade industrial faz parte de uma cadeia essencial, e, por isso, sua interrupção teria graves conseqüências, inclusive para produção de alimentos, bebidas, embalagens e outros itens necessários ao enfrentamento da pandemia, bem como à geração dos impostos, sem os quais o governo não teria como atuar durante a crise. "A indústria está comprometida com a sociedade e desde o início da crise desenvolveu inúmeras ações de apoio, desde a doação de recursos por meio do fundo Fera, o conserto e aquisição de respiradores, até a elaboração de protocolos de segurança para os diversos setores da atividade econômica, necessários para conciliar a produção e a saúde dos catarinenses", finaliza Aguiar.
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), que congrega 148 associações empresariais e mais de 34 mil empresas em Santa Catarina, é contra as recomendações do MP e outros órgãos do Poder Judiciário, divulgado na data de ontem, 26/2, orientando para o lockdown de 14 dias neste momento. Para o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, é necessário primeiro avaliar os resultados alcançados com o decreto em vigor. "Vamos aguardar os resultados do atual decreto para depois, caso não tenha surtido efeito desejado adotar medidas mas duras".
Ontem também, a Facisc emitiu um comunicado apoiando o decreto em curso, e pedindo atenção às empresas geradoras de emprego e renda, e que vêm cumprindo a risca às regras sanitárias.
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