Assim começa o fim de semana dos catarinenses
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Se você for abastecer o seu carro nesta sexta-feira (19) já vai notar que os combustíveis sofreram mais um aumento. Somente este ano, a Petrobras anunciou quatro reajustes no preço da gasolina, ou seja, praticamente um a cada 15 dias, e três no óleo diesel. Os novos valores foram majorados em 10%, ou seja, um aumento de R$ 0,23 para a gasolina e de R$ 0,34 para o diesel. A gasolina passa a ser vendida na refinaria, em média, a R$ 2,48, enquanto o diesel a R$ 2,58 por litro. Antes mesmo da meia-noite, alguns postos de combustíveis já haviam rejustados os preços dos combustíveis e, na maioria deles, o preço da gasolina ultrapassou a barreira dos R$ 5,00 pela primeira vez na história. Todos estes aumentos, de acordo com a Petrobras, são consequência da alta do dólar. Nesta quinta-feira (18), a moeda norte-americana fechou em forte alta, consequência das indefinições políticas e declarações contraditórias do Governo Federal. O dólar vai abrir a sexta-feira sendo vendido a R$ 5,44, uma alta de 0,26%. A bolsa de valores também sofreu forte queda, ficando abaixo de 120 mil pontos.
O preço cobrado nas refinarias da Petrobras corresponde a cerca de 33% do preço pago pelos consumidores finais da gasolina e a 51% do preço final do diesel, segundo a estatal. A companhia explica que "até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis".
Os preços praticados nas refinarias da Petrobras são reajustados de acordo com a taxa de câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar. Desde janeiro, a Petrobras já reajustou três vezes o preço do diesel e quatro vezes o da gasolina, que tinha o valor médio de R$ 1,84 em 29 de dezembro e chegará a R$ 2,48 com o reajuste que vigora a partir de amanhã.
Em 18 de janeiro, a estatal anunciou um aumento médio de R$ 0,15 para a gasolina e manteve o preço do diesel. No dia 26 do mesmo mês, um novo reajuste elevou o preço nas refinarias em R$ 0,10 para a gasolina e em R$ 0,09 para o diesel. Já em 8 de fevereiro, foi anunciado um aumento de R$ 0,17 para a gasolina e de R$ e de 0,13 para o diesel.
Auxílio-emergencial
Turbulências internas, como o anúncio da reedição do auxílio emergencial influenciam diretamente no movimento da Ibovespa, a bolsa de valores de São Paulo .Nesta quinta-feira, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, anunciaram que manterão a votação do benefício do auxílio-emergencial e de medidas de ajustes econômicos, apesar da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).
Os fatores internacionais, no entanto, foram os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro. A alta da inflação nos Estados Unidos aumentou os rendimentos dos títulos públicos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo.
A migração de recursos para essas aplicações aumenta a cotação do dólar em todo o planeta, prejudicando países emergentes, como o Brasil. Paralelamente, a aceleração global do preço das commodities (bens primários com cotação internacional) tem aumentado a inflação em diversas economias, o que aumenta a aposta de que vários países anteciparão o aumento dos juros, que tinham caído em todo o planeta por causa da pandemia de covid-19.
Presidente
Declarações do presidente Jair Bolsonaro também contribuíram para deixar o mercado "nervoso" e oscilante. Ele afirmou, durante sua live semanal nas redes sociais, que o governo vai zerar os impostos federais que incidem sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP) _ o gás de cozinha _ e o óleo diesel. A suspensão sobre o gás será definitiva. Já a interrupção na cobrança federal sobre o diesel terá duração de dois meses. As medidas foram decididas em uma reunião de Bolsonaro com a equipe econômica, ocorrida durante a tarde, e passam a valer no próximo mês.
Sobre o corte temporário do imposto sobre o diesel, Bolsonaro deu a entender que, em breve, ele também poderá se tornar definitivo, porém, o governo ainda vai estudar uma forma. O presidente também criticou reajustes recentes no preço dos combustíveis por parte da Petrobras e chegou a indicar que haverá mudanças na estatal em breve, o que deixou o mercado agitado.
"Por que por dois meses? Porque, nesses dois meses, vamos estudar uma maneira definitiva de buscar zerar esse imposto no diesel. Até pra ajudar a contrabalancear esse aumento, no meu entender, excessivo, da Petrobras. Mas eu não posso interferir nem iria interferir na Petrobras. Se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias. Você tem que mudar alguma coisa."
Atualmente, o único imposto federal incidente sobre o GLP e o diesel é o PIS/Cofins, que é de R$ 2,18 por botijão e cerca de 35 centavos por litro do diesel, segundo informações da Agência Nacional de Petróleo (ANP). A Cide, outro imposto federal cobrado sobre combustíveis, já está zerada tanto para o diesel quanto para o G
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