Como uma horta, um pomar e uma criação de abelhas conseguem transformar o ambiente de trabalho

Neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador, um exemplo de como a rotina num escritório pode ser interrompida, vez por outro, de maneira a despertar nas pessoas sentimentos como o do voluntariado e da solidariedade. É isso que acontece no escritório da Lince, no bairro Coloninha, ou melhor, nos fundos do prédio onde os menos avisados se surpreendem com uma horta e um pomar comunitários onde se planta e colhe alface, beterraba, berinjela, alho-poró, cebolinha, espinafre, cenoura, brócolis, laranja, limão, tangerinas. Tem tudo isso e muito mais: até uma criação de abelhas sem ferrão. Dá para acreditar?!
O projeto “Horta Lince” nasceu há mais de dois anos, com o objetivo de fortalecer a colaboração entre as equipes, promover a sustentabilidade e incentivar a solidariedade, já que as hortaliças e frutas são doadas para os funcionários e para instituições de Gaspar. Ao menos uma vez por mês, colaboradores da empresa se reúnem para plantar e colher os alimentos da horta.
Nesta semana, eles tiveram uma grande surpresa, aliás uma enorme supresa, na primeira colheita da batata-doce. Uma das batatas-doce chegou a pesar 2,160kg. No total, foram colhidos 39kg da raíz. A coordenadora do projeto, Darlan Cristina Mondini Thomé, conta que os colaboradores nunca haviam plantado batata-doce. “A gente não sabia como seria, não tinha experiência nessa colheita, mas a coisa fluiu, houve engajamento de toda a equipe e nós colhemos batatas-doces gigantescas, a cada colheita era literalmente uma surpresa ainda maior”, relatou.
Batatas-doces gigantes à parte, Cristina explica que o projeto foi criado para levar engajamento e inovação para os colaboradores do escritório. “Nós criamos esse espaço diferente eles saírem um pouco da rotina, descontraírem num ambiente de contato com a natureza. Todo o trabalho aqui na horta é feito durante o expediente e realmente eles colocam a mão na massa (ou na terra!). A gente convida as pessoas pelo WhatsApp e aqueles que podem, participam com muita disposição”, revela. Ela conta que os alimentos são doados para colaboradores, mas também para entidades da cidade. “A gente escolhe uma entidade de cada vez”, diz a coordenadora, reforçando que a proposta é expandir o projetopara escolas, creches e outras instituições do município. Os colaboradores curtem muito esse momento. Orcelino Antônio Júnior, que trabalha como analista de documentação, diz que o projeto gera um sentimento de pertencimento e fortalece os laços de equipe e que acaba se estendendo para a família e o dia a dia. “Tem também a questão do contato com a natureza, hoje em dia as cidades não oferecem muitos espaços para esse contato e aqui, no ambiente de trabalho, a gente consegue, é bastante enriquecedor”, avalia o colaborador.
Orcelino destaca ainda o aspecto social do projeto. “Nós contribuímos com algumas entidades da cidade e isso gera um sentimento de satisfação muito grande, pois é um momento de alegria. O dia de plantar ou colher sempre tem bastante voluntário e acaba gerando uma grande integração”, observa.
A iniciativa da horta e pomar deu tão certo, que escolas da cidade procuraram a Lince para conhecer a iniciativa e replicar nas instituições de ensino. “Três escolas já nos procuraram para ver como nós estamos fazemos o processo aqui, até da compostagem, porque eles querem adotar o nosso modelo. Nós até fizemos uma horta do Lar Maria de Nazaré (em frente à empresa) e hoje temos uma horta também na empresa Plasvale”, revela Cristina.



Criação de abelhas

Nos fundos do prédio da Lince também tem uma criação de abelhas sem ferrão no mesmo local. Além disso, a empresa tem um sistema de compostagem para produção de adubo orgânico natural. O líquido, chamado de chorume, que é um ótimo biofertilizante é vendido e o valor arrecadado é doado para a escola Helen Keller, uma instituição de Balneário Camboriú que treina cães-guias. No ano passado quase R$ 3 mil foram arrecadados e doados.
Para Orcelino, as iniciativas da empresa são uma forma de dar destaque ao colaborador. “Eu já trabalho há nove meses na Lince, mas fui colaborador em uma empresa do grupo e é bastante diferente. Eu já trabalhei em outras empresas e aqui eles conseguem proporcionar momentos bastante diferentes do que a gente tem em outros locais de trabalhos. Cada empresa tem o seu modelo, mas aqui tem um modelo que coloca o colaborador bastante em evidência, deixando a gente sempre em primeiro lugar. É uma empresa que está sempre olhando o bem estar do colaborador, dos familiares, desenvolve ações para que a gente possa trazer nossos familiares e trazer também essa integração, é muito gratificante”, elogia o funcionário.