Banco Central oferece um aplicativo onde o consumidor pode fazer essa consulta com segurança

data-filename="retriever" style="width: 100%;">

O Departamento de Defesa do Consumidor, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, deu prazo de 15 dias para as operadores de telefonia Claro, Oi, Tim e Vivo se explicarem sobre o vazamento de dados e informações financeiras de 103 milhões de usuários. Com estes dados circulando por aí, fica muito fácil os golpistas usarem as informações para abertura de contas falsas de telefone e de televisão por assinatura por e-mail, com nome completo e endereço, por exemplo. Para o consumidor saber se foi vítima deste tipo de golpe, basta entrar diretamente no site da operadora e verificar a situação, sem acessar nenhum link suspeito.No entanto, o vazamento é muito maior e pode atingir mais de 220 milhões de brasileiros, vivos ou mortos. Outros golpes, porém, podem trazer prejuízos reais, quando terceiros usam os dados para abrir contas bancárias, chaves Pix e fazer empréstimos em seu nome. Mas, agora também é possível o consumidor saber se o seu nome e dados estão sendo usados indevidamente. Um sistema desenvolvido pelo Banco Central (BC) permite ao cidadão precaver-se contra fraudes ao consultar a situação financeira.

Ao todo, foram divulgados 37 bases de dados que abrangem nome, Cadastro de Pessoa Física (CPF), endereço, foto, score (pontuação, em inglês) de crédito, renda, situação na Receita Federal e no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Um caminho para contornar a situação é o Registrato, sistema do BC que fornece um extrato das informações de uma pessoa com instituições financeiras.

A ferramenta permite a consulta online do histórico de pessoa física ou jurídica em bancos e financeiras. Entre as informações que podem ser levantadas, estão a abertura de contas bancárias (ativas ou inativas), dívidas (liquidadas ou em aberto) e envios de dinheiro para o exterior.

Saiba como entrar no sistema Registrato. O processo tem várias etapas.

Cadastro

1. O cidadão deve credenciar-se no site do Banco Central. É preciso fornecer CPF, data de nascimento e primeiro nome da mãe.

2. No mesmo site, o usuário deve informar um banco em que tenha conta para validar o cadastro. O Banco Central comparará as informações prestadas com a base de dados da instituição financeira.

3. O sistema fornecerá uma frase de segurança, que precisa ser copiada.

4. O usuário deverá abrir, em outra aba do navegador, o site do banco informado anteriormente.

5. Na página do banco, basta buscar pela opção "Registrato" e colar a frase de segurança. O sistema pedirá a senha de seis dígitos da conta corrente. Caso não faça o procedimento em até 48 horas, o cliente deve gerar uma nova frase de segurança no site do BC.

6. Após validar a frase de segurança no site do banco, o usuário deve retornar ao site do BC e concluir o cadastramento, clicando no botão "Próximo".

7. No site do BC, o cliente deve digitar novamente o CPF, a frase de segurança e selecionar a instituição financeira. Em seguida, a página pedirá para informar um endereço de e-mail e criar uma senha de oito dígitos.

8. Basta rolar a página e clicar no botão "Concluir credenciamento". Caso o procedimento dê certo, aparecerá uma janela pop-up com a opção "Acessar Registrato".

Consulta

1. Concluído o cadastro, o cidadão pode entrar no site do Registrato e consultar o histórico de relacionamento com instituições financeiras. Basta usar o CPF e a senha criada anteriormente para fazer o login.

2. A página do Registrato oferecerá as opções "Meus endividamentos", "Meus relacionamentos financeiros" e "Minhas operações de câmbio". Em cada um desses painéis é possível gerar um relatório.

3. É preciso aceitar os termos de responsabilidade em cada painel. A tela exibirá todos os relatórios gerados nos últimos seis meses.

4. Se o cliente quiser, pode baixar o relatório de operações cambiais em arquivo PDF, mas o arquivo leva até dois dias úteis para ser oferecido pelo Registrato.