Ele morreu de morte natural, na cidade de Campo Grande onde vivia atualmente

ATUALIZAÇÃO:A família informou, no começo da noite,  que o velório inicia às 8h desta terça-feira, dia 8, e a missa de corpo presente às 15h

Morreu neste domingo dia 6, em Campo Grande-MS, de morte natural, Luiz Basílio Bastian, aos 90 anos de idade, completados no último dia 23 de maio. Ele foi o segundo diácono na história religiosa de Gaspar, servindo a atual Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, no bairro Bela Vista de 1985 a 2011. De acordo com o filho Luiz Otávio, o corpo do pai chega a Gaspar na manhã desta terça-feira (8), onde será velado no salão comunitário da igreja Nossa Senhora da Imaculada Conceição a partir das 8h. Uma missa de corpo presente está marcada para às 15h, seguida do sepultamento no cemitério municipal do bairro Santa Terezinha.

Bastiani nasceu na localidade de Vígolo, em Nova Trento (SC). Devido a um surto de malária, a família se mudou para Rio do Sul e depois para Presidente Getúlio, onde iniciou seus estudos, porém, por pouco tempo. Aos oito anos, largou a escola para ajudar o pai na lavoura. Aos 18 anos foi convocado para o serviço militar no Rio de Janeiro (RJ) onde se destacou. Aperfeiçoou-se em armamento de guerra nas Escolas de Instrução Especializada em Arsenal de Guerra e de Material Bélico. No dia 21 de setembro de 1957, casou com a carioca Heloiza Rebouças Bastiani (já falecida), com quem teve cinco filhos: Mariza, Marcos Luiz, Margareth, Heloiza Helena e Luiz Otávio, este último o único ainda a residir em Gaspar. Os filhos lhe deram sete netos e seis bisnetos.
Em 1985, a família retornou para Santa Catarina, fixando residência no bairro Bela Vista, em Gaspar. Antes de se tornar diácono, Bastiani foi catequista; coordenou encontro de pais e padrinhos, de noivos e grupos de reflexão; foi ministro da palavra, do batismo, da comunhão e do matrimônio, além de ser, por duas vezes, coordenador da CAP (Comissão de Assuntos da Paróquia). Em 1992, Bastiani passou a frequentar a Escola Diaconal São Francisco de Assis. Foram quatro anos de estudos em Florianópolis, até se tornar diácono. Entre tantas ações em prol da Igreja, duas serão sempre lembradas: a elevação da comunidade Nossa Senhora Imaculada Conceição à paróquia e a missão, ao lado do ministro João Ernesto e do diácono Arnaldo Schure (já falecido), na Amazônia, em 2003. A viagem, paga do próprio bolso, durou dois meses e 10 dias. Em 2011, Bastiani se tornou Diácono Emérito, ou seja, deixou de exercer a função, embora nunca tenha se desligado da Igreja. Em 2021, completou 25 anos de ordenação diaconal, motivo de muita festa e alegria na família Bastiani.

Viúvo desde o final de 2020, Bastiani se mudou, no começo do ano para Campo Grande-MS, onde passou a morar com uma das filhas, mas as raízes com Gaspar permaneceram firmes nas lembranças de uma longa vida de serviços prestados e no carinho que sempre teve da comunidade. Três filhos seguiram o caminho do pai no trabalho voluntário religioso, entre eles Otávio, que é Ministro da Eucaristia e integrante do grupo de canto nas celebrações religiosas. "Meu pai sempre foi uma pessoa muita ligada à Igreja, assim como minha mãe Heloiza, e este foi o maior ensinamento que eles transmitiram aos filhos", resume o filho Luiz Otávio.