A goleira Missi ainda marcou um dos gols na vitória de 5 a 2 do Brasil sobre a Argentina

Com direito a marcar gol, a goleira ilhotense Missiara Luiza Papst,conquistou o seu quinto título mundial no futsal, o primeiro defendendo a Seleção Brasileira da Confederação de Futebol de Salão do Brasil (CFSB). O torneio é organizado pela Associação Mundial de Futsal (AMF), entidade não reconhecida pela FIFA, e foi realizado em Balaguer, na Catalunha. A final foi contra a Argentina e o jogo estava empatado em 2 a 2 até Missi, como é conhecida a brasileira, disparar um chute forte da sua área em direção ao gol adversário, para desempatar a partida. O Brasil marcou ainda mais dois gols, fechando o placar em 5 a 2. Missi foi muito festejada pelas companheiras de equipe e, no final, ainda recebeu o troféu de melhor goleira da competição. Esse foi o primeiro título mundial da CFSB. O Brasil venceu todos os seus jogos. Na primeira fase, o time verde-amarelo aplicou goleadas de 16 a 0 sobre Taiwan e 13 a 0 sobre a Suíça. Nas quartas de final, o adversário foi a dona da casa, a Catalunha, derrotada por 7 a 1. Na semi, a vítima foi a Colômbia, que levou 5 a 2 das brasileiras. 

Maria Miglioli, mãe de Missi, assistiu à final pela internet, porém, o sinal estavam muito ruim. "Quando travava, o presidente da CFSB passava as informações", contou. Foi assim que ela ficou sabendo que a filha havia marcado o gol de desempate. "Fiquei sabendo depois, quando ele (presidente) me contou, vibrei muito e chorei de emoção. Tudo na vida da Missi foi sempre muito difícil, ela só chegou onde está por mérito dela, porque faz tudo com muito profissionalismo", desabafa a mãe.  

O futsal jogado na AMF, também chamado de futsal clássico, é diferente do jogo reconhecido pela Fifa. Ainda prevalecem as regras originais da modalidade com a utilização de bola pesada e laterais cobrados com a mão. No Brasil há poucos clubes e ligas praticantes dessa variante do esporte, gerida pela CFSB. 

A trajetória

Missi, 27 anos, começou muito cedo essa relação de paixão com o futebol. Aos cinco anos ela já gostava de jogar no campo municipal, no centro da cidade de Ilhota. Ali, o professor de educação física da Escola Marcos Konder viu talento na menina e sugeriu que ela jogasse futsal. Já com 12 anos, Missi defendeu as equipes de futsal de Gaspar e depois de Balneário Camboriú nas competições pela região até ser levada, com 17 anos, para a equipe da Unesc - Universidade de Santa Catarina, em Criciúma, no Sul do estado. Missi vestiu a camisa da universidade por oito anos, período em que aproveitou para se formar em Educação Física. Em 2012 veio a primeira convocação para a Seleção Brasileira e o primeiro título. Em 2013, ela voltou a vestir a camisa verde-amarela e novamente conquistou o mundial. 

Em 2014, Missi se transferiu para a Unifor - Universidade de Fortaleza-CE, onde atuou até o ano passado, quando então se transferiu para o interior do Paraná para ficar mais perto da família. Aliás, a família é a base do sucesso da goleira Missi. Ela visita regularmente a família em Ilhota. Segundo a mãe, Missi já consegue se manter com o que ganha no futsal, mas no início a família fez muitos sacrifícios para que ela seguisse carreira no esporte. "O futsal é pouco valorizado no Brasil, mas a Missi é apaixonada por este esporte", contou dona Marisa em entrevista ao Jornal Metas em 2016. 

Acesse aqui e confira o vídeo da festa das jogadoras do Brasil

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