Diretoria do campus destaca que interdição afasta risco ao patrimônio e aos usuários do local.

Após a notícia de que a Defesa Civil de Gaspar interditou três salas de aula do Campus Gaspar do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) com danos na estrutura de um dos blocos do local (leia a notícia aqui), a direção-geral do Instituto divulgou uma nota esclarecendo que a medida foi preventiva e uma solicitação da própria instituição.

"A vistoria foi solicitada pelo IFSC como medida preventiva para que seja realizada uma análise em profundidade dessa área específica e uma obra em caráter emergencial. Informamos que nas demais áreas do Campus não há qualquer risco de problemas estruturais", informa a nota.

De acordo com o comunicado, a interdição, que aconteceu na última terça-feira, dia 12, ocorreu para delimitar o uso adequado e seguro do local e adjacências, afastando qualquer hipótese da instituição ser surpreendida por eventual colapso estrutural que ponha em risco o patrimônio e, principalmente, os usuários do bloco.

A diretora-geral do Campus, professora Ana Paula Kuczmynda da Silveira, destaca que a prioridade é a segurança da comunidade escolar, bem como o delineamento de um projeto adequado e definitivo de intervenção no local. "A interdição não trará prejuízo às atividades letivas, uma vez que as atividades realizadas nesses espaços foram transferidas para outras salas de aula".

O engenheiro civil do IFSC, Luciano Behr, explica que o terreno do Campus Gaspar há um adensamento do solo por conta de ser um aterro recente. "Os prédios do Campus estão com suas estruturas profundas estáveis. No canto do Bloco 2, há o que nós chamamos de recalque diferencial devido a uma anomalia do solo profundo que não foi detectada nas sondagens iniciais que serviram para dimensionar as estacas ou na própria estaca. Daí a necessidade de interdição do local, por medida de segurança dos usuários, até que seja possível elaborar estudos com peritos de geotécnica e de estruturas", explica.

O engenheiro explica que neste caso, por ser uma emergência, pode ocorrer um dispensa licitatória para contratação de uma empresa que possa fazer um estudo de caso, porém, depende de estudos. "Quanto à obra de recuperação, ainda não é possível estimar quando será realizada porque precisamos identificar se é um problema no solo ou na estaca naquele local. Cada situação demandará providências específicas para a recuperação do bloco", afirma o engenheiro.