Dom Jaime passa a ser vice-presidente da CNBB
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Dom Jaime durante a festa de São Pedro, em 2018 (Fotos: Arquivo Jornal Metas)
Natural de Gaspar, o religioso vai ocupar um dos mais importantes cargos na hierarquia da Igreja Católica no Brasil
Arquivo Jornal Metas/Dom Jaime durante a festa de São Pedro, em 2018
O gasparense Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre-RS, alcançou mais um importante cargo na hierarquia da Igreja Católica no Brasil. Nesta segunda-feira (6), ele foi eleito vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Com a mudança do estatuto, a entidade passou a ter dois vice-presidentes. O outro eleito foi Dom Mário Antônio da Silva, arcebispo de Roraima. As escolhas aconteceram logo após a eleição do arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, para a presidência da CNBB.
Dom Jaime Spengler, 58 anos, nascido no bairro Poço Grande, ingressou na Ordem dos Frades Menores em 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio (SC). Estudou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, em Campo Largo (PR), e Teologia no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis (RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém, em Israel. Foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990, na sua cidade natal.
O arcebispo tem doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, de Roma, e atuou dentro da Ordem dos Frades Menores em diversas missões e cidades do país até 2010, quando foi nomeado no mês de novembro daquele ano pelo papa Bento XVI como bispo titular de Patara e auxiliar de Porto Alegre (RS).
No ano seguinte, em fevereiro de 2011, o bispo foi ordenado na paróquia São Pedro Apóstolo, na sua cidade natal, Gaspar, pelo núncio apostólico no Brasil, na ocasião, dom Lorenzo Baldisseri. Em 18 de setembro de 2013, o papa Francisco nomeou dom Jaime Spengler como novo arcebispo de Porto Alegre. Em março de 2014, o papa Francisco nomeou dom Jaime Spengler como membro da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Em abril de 2015, na 53ª Assembleia Geral da CNBB, foi eleito presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, para o quadriênio 2015-2019. Na ocasião, recebeu 205 votos de um total de 283 votantes, superando a maioria absoluta requerida no segundo escrutínio, que era de 143 votos. Também em 2015, o arcebispo foi eleito presidente do regional Sul 3 da CNBB, que corresponde ao estado do Rio Grande do Sul, para a gestão 2015-2019.
Dom Mário Antônio da Silva, 52 anos, é natural de Itararé (SP). Estudou Filosofia e Teologia no Seminário Maior Divino Mestre, da diocese de Jacarezinho (PR). Possui mestrado em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, na Itália. No ano de 1991, foi ordenado padre em Sengés, no estado do Paraná, por dom Conrado Walter. Era chanceler da diocese de Jacarezinho quando foi nomeado bispo auxiliar de Manaus no dia 9 de junho de 2010. Escolheu como lema episcopal "Testemunhar e Servir".
Já Dom Walmor Oliveira de Azevedo, 65 anos, é o primeiro baiano a estar à frente da CNBB. É doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália).
Em sua trajetória de formação, cursou Filosofia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1972-1973), em Juiz de Fora (MG), e na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras (1974-1975), em São João Del-Rei (MG). De 1974 a 1977, cursou Teologia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora. Em 9 de setembro de 1977 foi ordenado sacerdote, incardinando-se na arquidiocese de Juiz de Fora. Em 1998, foi nomeado bispo auxiliar de Salvador (BA) pelo Papa João Paulo II. Em 2004, foi nomeado arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG), iniciando o ministério em 26 de março daquele ano. Em outubro de 2008, dom Walmor foi escolhido para ser um dos quatro representantes do Brasil na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma.Em fevereiro de 2014, foi nomeado pelo Papa Francisco membro da Congregação para as Igrejas Orientais.
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