Dinheiro é suficiente para a compra dos equipamentos que vão dar um pouco mais de conforto para a menina de cinco anos



Foram cinco dias de apelo, pela imprensa e redes sociais, e os pais da menina Larissa, moradora do bairro Sete de Setembro, já podem comprar os equipamentos que vão proporcionar um pouco mais de conforto à filha. Nesta quarta-feira (200, a mãe, Mônica Geane Brugge de Almeida, informou, pelas redes sociais, que as doações em dinheiro chegaram a R$ 10.581,00, o suficiente para a compra dos equipamentos. Ela agradeceu publicamente a todas as pessoas que colaboraram e também aquelas que não puderam ajudar financeiramente, mas que compartilharem a reportagem do Jornal Metas. "Obrigado por cada compartilhamento, por cada doação", escreveu Geane. 

Antes da matéria, veiculada na edição do último sábado (16) do Jornal Metas, contando o drama da menina Larissa, os pais haviam conseguido pouco mais de R$ 4 mil em doações. A reportagem conseguiu sensibilizar mais pessoas. Geane também informou, na postagem, que irá prestar conta de todo o dinheiro, assim que tiver todos os equipamentos em casa. Com os mais de r$ 10 mil, Larissa vai poder ter uma banheira nova, um guincho para transporte de acamados e uma poltrona adaptada, já que na cadeira de rodas a menina sente bastante desconforto.



Desde os primeiros meses de vida, Larissa sofre com as sequelas irreversíveis provocadas por uma meningite logo após o nascimento. Por conta disso, ela teve paralisia cerebral que a deixou quadriplégica. A menina, hoje com cinco anos, também não fala e não enxerga. Segundo Geane, a filha se comunica por meio de sorrisos. Os dias de Larissa se resumem a uma cama e a uma cadeira de rodas. Há cerca de um mês, a menina passou a frequentar a APAE de Gaspar onde faz fisioterapia.

O pai, Cleverson Kuassniak, trabalha numa tinturaria de Gaspar e praticamente 50% do que ganha vai para o tratamento da filha. Geane já tentou a costura em casa, mas a filha exige atenção permanente. Hoje, ela calcula que entre remédios, alimentação, fraldas, algumas consultas médicas e outros procedimentos, a despesa mensal fica próxima a R$ 1 mil. Para piorar as coisas, Larissa teria direito a uma ajuda financeira do SUS, porém, sistematicamente o benefício vem sendo bloqueado. A alegação é que o pai recebe salário acima do limite para que a família se enquadre na ajuda. Por meio de um advogado, a família conseguiu, mais uma vez, o desbloqueio, porém, a burocracia está impedindo que o dinheiro chegue aos pais. "Já foi liberado, mas não aparece na conta bancária, estamos rezando para que este mês ela volte a receber o benefício", diz Geane. Larissa tem cinco anos, mas o seu tamanho é de uma criança de dez em função da hidrocefalia. O seu peso, de acordo com a mãe, passa de 32kg para uma altura de 1,22 metro.