A crise se acentua e não existe perspectiva de que irá arrefecer nos próximos meses. Por isso, todas as projeções para 2017 exigem muita cautela. A ordem é reduzir custos, economizar ao máximo para se tentar sobreviver à crise nos próximos 12 meses. E o recado não atinge apenas a administração pública - governos federal, estadual e municipal, mas vale para toda a sociedade. Da dona de casa ao grande empresário, os tempos bicudos não irão embora no próximo ano.
Afora a crise econômica, vivemos um momento político bastante conturbado, onde o país tenta passar a limpo a sua própria história, ou histórico de corrupção que atinge todas as esferas do poder público e até da iniciativa privada. O momento é de amortecimento social, com um total descrédito da sociedade para com as nossas instituições - Executivo, Legislativo e Judiciário.
O confronto político no Congresso Nacional vai continuar, assim como a caça aos corruptos, aqueles que durante anos se locupletaram das vantagens do poder. E não pode ser diferente, o Brasil precisa tomar um outro rumo, porém, antes será preciso lamber e curar suas feridas abertas há muitos anos. A sociedade está impaciente, irredutível e intransigente com os desmandos. O "velho-novo" governo que assumiu, em definitivo, em agosto dá sinais claros de continuismo, de reunir vícios de outros governos e de ter pessoas também envolvidas nos esquemas políticos, que podem levar rapidamente ao descrédito, sinal claro que já vem sendo dado nas últimas pesquisas de opinião pública.
No âmbito municipal, Gaspar entra 2017 com um novo governo, assim também não tão renovado, mas a simples mudança já é suficiente para reoxigenar a administração, com novas ideias e principalmente com novos apoios que poderão ajudar a dar um reencaminhamento para questões antigas e pontuais em áreas fundamentais como a saúde e a mobilidade urbana. Kleber Wan-Dall assume, em 1º de janeiro, respaldado por mais de 13 mil votos do eleitorado gasparense.
Essa será a grande motivação dos primeiros meses de governo que se anunciam difíceis diante da crise econômica que afeta diretamente as administrações públicas. Wan-Dall precisará ter muita habilidade para conduzir os primeiros passos do novo governo, se ambientando à nova realidade. Assim como o Executivo, o Legislativo gasparense também se apresenta com uma "cara" nova e outras que retornam para continuar o trabalho de servir à comunidade. A grande novidade para o Legislativo gasparense em 2017 pode não estar no plenário, mas numa questão administrativa que há muito tempo incomoda a todos, que a construção de uma sede própria. Com o terreno doado pelo Executivo, o próximo presidente terá que encaminhar um projeto de engenharia para que a obra, enfim, comece a sair do papel. Para a nossa vizinha Ilhota, os tempos serão ainda mais difícieis. O prefeito Erico Dida de Olivera, que assume no próximo dia 1º de janeiro deve enfrentar um primeiro ano de enormes dificuldades para tentar colocar a casa em ordem. O orçamento do município é extremamente apertado diante das inúmeras necessidades estruturais. Se 2017 se apresenta com mais um ano de dificuldades, fica a certeza de que o povo brasileiro saberá, mais uma vez, viver a crise, pois cenários como este nos são bastante familiares na nossa histór
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