Escola Honório Miranda realizou o “4º Honório Exposcience”

Nos dias 10 e 11 de novembro, a escola Honório Miranda, mais uma vez, mergulhou no encantador mundo das ciências com a 4ª edição da “Honório Exposcience”, uma grande exposição multidisciplinar de pesquisa, experimentação e práticas desenvolvidas pelos estudantes ao longo do ano letivo.
Com cerca de 36 turmas de ensino médio e mais de mil alunos, este ano aproximadamente 50 trabalhos foram apresentados em uma troca de experiências entre alunos e também com o público que pôde visitar a mostra científica.

Entre os trabalhos estava a minicisterna, um projeto desenvolvido por uma turma do 2° ano durante as aulas de matemática. Os estudantes tiveram que construir uma cisterna em tamanho real, conforme contam os alunos Mário Augusto Quintas Rodrigues da Silva e Carlos Eduardo Mees. “A gente ficou responsável com a trilha de matemática, onde nós tivemos que montar uma cisterna grande e uma cisterna pequena. O funcionamento dela seria para guardar água da chuva, que poderia ser usada para lavar calçada, lavar carros, etc. Isso diminuiu o consumo de água das casas, podendo até diminuir o valor da fatura”, explica Mário.

Já Carlos, conta que a cisterna em tamanho real terá o propósito de armazenar água da chuva para lavar a quadra de esportes da escola. “A cisterna é um sistema de coleta de água da chuva, onde a água vem da calha para a tubulação e da tubulação ela vem para o reservatório. O principal objetivo disso é usarmos essa água na limpeza da quadra, porque era um gasto muito grande de água e a cisterna foi feita para essa finalidade”, destaca.

Multidisciplinar

A professora Ana Luisa Fantini Schmitt, uma das organizadoras do Exposcience, conta que o público pôde conferir trabalhos de todas as disciplinas, principalmente focado nas trilhas de aprofundamento e nas disciplinas eletivas, que fazem parte do novo ensino médio. “Nós quisemos mostrar realmente a pluralidade, essa possibilidade de fazer acontecer coisas interessantes e diferentes na escola pública, no ensino médio”, finaliza.

Educação especial

Os estudantes da educação especial da escola Honório Miranda também participaram da feira com um projeto de sabonetes artesanais. A professora Ana Paula Souza explicou que a atividade começou com auxílio dos professores de química da escola, que passaram instruções sobre a receita e preparação do produto.  

Outro objetivo do projeto foi incentivar a participação dos alunos da educação especial, já que no dia a dia eles acabam não tendo tanto convívio com os demais. “Também quisemos gerar uma integração entre eles, porque cada um fica na sua sala e eles não têm esse convívio, então nós fizemos esse projeto também com esse intuito, deles se reunirem e produzirem algo em conjunto, se conhecerem, se relacionarem. Foi bem legal, tivemos a participação de todos os alunos, cada um ficou responsável por alguma coisa do projeto, por exemplo, tiveram alunos que desenvolveram o logotipo, escolheram o nome do produto, etc”.

A professora ainda destaca que os alunos visualizaram a possibilidade de empreender por meio do projeto. “A gente também conversou muito com eles sobre a possibilidade de empreender através do sabonete, que é um produto que pode ser comercializado. A gente deu esse feedback pra eles, que é uma prática que pode vir a ser um meio de renda para eles”, detalha.
A estudante do 3º ano, Jamili Cristini, conta como foi a experiência para ela. “Para mim foi incrível participar desse projeto do sabonete artesanal. Primeiro nós fizemos a pesquisa da receita do sabonete, também pesquisamos um nome para o sabonete: Toque Especial”, revela.


Homenagem

E como é de praxe, alunos e professores escolhem sempre um cientista para homenagear durante o evento. Neste ano, a escolha recaiu sobre Marie Curie, química e renomada cientista ganhadora de dois prêmios Nobel, com feitos na área de radioatividade. “Nós escolhemos ela justamente por ser uma mulher na ciência, então nós quisemos trazer essa mulher tão importante na ciência, ela que é polonesa, mas tem seus feitos mundiais e foi uma oportunidade de os alunos conhecerem um pouco mais desse nome tão importante para ciência”, justifica a professora Ana Luisa.  

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