Crime aconteceu em julho do ano passado, em Blumenau.

Começou por volta de 9h desta quarta-feira, dia 22, o julgamento de Kelber Henrique Pereira, o homem acusado de matar a companheira, Jéssica Ballock, de 23 anos, e o filho do casal, um bebê de 3 meses. Ele será julgado pelo Tribunal do Júri, no Fórum Central da comarca de Blumenau. O homicídio que comoveu a comunidade blumenauense ocorreu na madrugada do dia 24 de julho de 2022, na Rua dos Caçadores, bairro Velha Central. Após o crime, o acusado ainda fugiu do Estado com o filho primogênito do casal. 

Consta na denúncia do Ministério Público que, no quarto do casal, o denunciado asfixiou a companheira enquanto ela dormia e, em seguida, a agrediu com diversos golpes de faca na região do pescoço, o que levou a vítima a óbito. Nas mesmas circunstâncias, ele ainda teria utilizado a faca para ceifar a vida do filho mais novo.

Ele será julgado pelo crime de homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima, emprego de asfixia e de meio cruel e razões da condição do sexo feminino – feminicídio – com características de violência doméstica e familiar, na presença física dos descendentes da vítima. Em relação ao filho, o réu será julgado por homicídio qualificado por motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, emprego de meio cruel e contra menor de 14 anos, com causa de aumento por ser pai da vítima.

Caso Carine

Vale lembrar que Kelber também foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pela morte da manicure de Gaspar Carine Silva da Rosa, de 36 anos. O corpo dela foi encontrado por um casal de ciclistas no dia 23 de abril em uma área de mata, às margens da Rua Theobaldo Anselmo Sansão, no bairro Poço Grande. 

Na noite anterior, Kelber e Carine teriam ido a um motel, onde a mulher morreu. Em março deste ano, a Polícia Científica de Santa Catarina concluiu a perícia sobre a morte de Carine, que teria sido devido a uma overdose de cocaína. 

Keber foi denunciado pelos crimes de homicídio com duas qualificadoras, feminicídio e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, e ocultação de cadáver. A denúncia foi encaminhada para a Justiça, que vai determinar se ele irá responder as acusações. O caso está na 3ª Promotoria de Gaspar.

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