No Dia Nacional de Combate à Tuberculose, Estado destaca avanços, números recentes e a necessidade de atenção aos sintomas para evitar a transmissão

A tuberculose, doença infecciosa e transmissível que ainda desafia a saúde pública, voltou ao centro das atenções neste 17 de novembro, Dia Nacional de Combate à Tuberculose. A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina reforçou a importância do diagnóstico precoce, da vacinação e da mobilização social para frear a transmissão da doença, que tem cura e tratamento disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, a tuberculose afeta principalmente os pulmões, embora possa comprometer outros órgãos. A transmissão ocorre através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Entre os sintomas, destacam-se tosse persistente por mais de duas ou três semanas, febre ao final do dia, suor noturno, cansaço e perda de peso — sinais que devem motivar busca imediata por atendimento médico.

A vacina BCG, aplicada logo após o nascimento, é uma das principais medidas preventivas, especialmente contra as formas mais graves da doença, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar. De janeiro a novembro de 2025, Santa Catarina registrou cobertura vacinal de 83,18% entre crianças menores de um ano. Embora não previna todas as formas da doença, o imunizante protege contra os quadros mais severos, que podem ser fatais em bebês e crianças pequenas.

O diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), João Augusto Fuck, reforça que a rapidez na identificação dos casos é determinante para interromper a cadeia de transmissão. “O diagnóstico rápido e o início imediato do tratamento são essenciais para a recuperação do paciente e para a redução do risco de contaminação de outras pessoas”, destacou.

O tratamento da tuberculose, composto por uma combinação específica de antibióticos, é gratuito e oferecido pelo SUS. A duração varia entre seis meses e um ano, conforme o tipo e a gravidade do quadro. A adesão adequada às etapas do tratamento é fundamental para alcançar a cura e evitar resistência bacteriana.

Santa Catarina também divulgou dados atualizados sobre a doença. Em 2024, foram notificados 2.339 novos casos, sendo 1.979 da forma pulmonar, com incidência de 29 casos por 100 mil habitantes, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Do total, 88% dos pacientes realizaram teste para HIV ? uma recomendação essencial, já que a coinfecção tuberculose/HIV permanece como um dos principais desafios do país. No Estado, 14,3% dos casos notificados em 2024 apresentaram coinfecção. A SES ainda reconheceu, em 2022, 28 municípios catarinenses que atingiram as metas nacionais de diagnóstico, tratamento e prevenção.

O Estado reforça que a luta contra a tuberculose depende da ação conjunta entre profissionais de saúde, poder público e comunidade. Incentivar a busca por atendimento diante de sintomas suspeitos, manter a vacinação em dia e apoiar quem está em tratamento são passos fundamentais para reduzir a incidência da doença em Santa Catarina.

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