Estamos PREPARADOS para o futuro ARTIFICIAL?

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06/11/2025 14:49
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Estamos PREPARADOS para o futuro ARTIFICIAL?

Por Kassiani Borges

 Publicado 06/11/2025 14:40  – Atualizado 06/11/2025 14:49

As novas gerações precisam estar cada vez mais conectadas, para não perder o bonde da tecnologia
  • As novas gerações precisam estar cada vez mais conectadas, para não perder o bonde da tecnologia (Fotos: FREEPIK)

A velocidade das mudanças tecnológicas ainda assustam, porém, são inevitáveis

 
Por Alexandre Melo
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A humanidade já passou por diversas transformações. A maioria delas pela necessidade emergente de se ajustar a modos de vida surgidos da própria evolução do homem, único ser do Planeta com raciocínio lógico e, por consequência, capaz de se ajustar ao seu meio e se reinventar. Porém, nenhuma transformação foi tão rápida e intensa como a da tecnologia. Nem por isso, especialistas e estudiosos de outras épocas deixaram de se preocupar com o futuro da humanidade. Em 1798, o pastor da Igreja Anglicana, Thomas Malthus, em sua obra “Ensaio sobre o Princípio da População”, previa que a população mundial iria crescer em ritmo tão acelerado que superaria a oferta de alimentos. Malthus considerava que o número de habitantes dobraria a cada 25 anos e a fome e a miséria seriam inevitáveis caso esse crescimento não fosse contido.

Nem tanto ao céu nem tanto ao mar. A partir do século XVIII, a Revolução Industrial provou que, em parte, Malthus estava correto, mas a previsão apocalíptica não se confirmou. Isto porque, a indústria revolucionou os modos de produção. Foi possível agilizar processos e, por consequência, produzir mais em menos tempo. A fome hoje no mundo é muito mais resultado das relações geopolíticas e da concentração de renda nas mãos de poucos do que propriamente do crescimento populacional.

Graças à indústria, a medicina avançou de maneira que a expectativa de vida aumentou (e continua aumentando). Mas, as grandes mudanças viriam no pós-Guerra. A chamada “Guerra Fria” - entre Estados Unidos e a ex-União Soviética - levou a uma verdadeira corrida à tecnologia armamentista, e muitos dos equipamentos que hoje estão ao alcance dos mais simples mortais são resultado da necessidade de se prevenir contra “o inimigo”. Previsões de 70 anos atrás, indicavam que as décadas seguintes seriam de extremo desenvolvimento tecnológico. E de fato foram. O homem, inclusive, desembarcou na lua, dando início à “Era Espacial”. E a humanidade evoluiu de maneira espantosa, transformando o modo de vida e integrando o mundo numa aldeia global.

Mas, a revolução tecnológica também teria um preço para a humanidade, previam os céticos sociólogos e economistas da época. Milhares de pessoas perderiam o emprego para máquinas e robôs. Isso ainda não se confirmou, embora a robótica tenha criado protótipos humanos que não deixam dúvida da capacidade do homem de criar máquinas com cérebros tão os mais evoluídos que o seu.

Durante uma palestra para a Sociedade Americana de Física em 1959, o físico norte-americano Richard Feynman (1918-1988) apresentou um estudo baseado na possibilidade de organizar os átomos da maneira desejada. Para muitos cientistas, uma loucura. Três décadas depois, a teoria de Feynman tomou forma na ciência do muito pequeno: a nanotecnologia. Ela é assim denominada porque seus objetos de estudo costumam ser medidos em nanômetros (um nanômetro - nm - representa um bilionésimo de metro).

E o que fez a nanotecnologia? Viabilizou a construção de supercomputadores que cabem no bolso, criou microssondas para fazer testes sanguíneos dentro do corpo humano, cirurgias em bebês ainda na fase de gestação entre outros avanços. Graças a nanotecnologia, as pessoas têm hoje um chip dentro do celular que pode armazenar milhares de informações. É provável que muitos que nos leem nem lembrem mais do som da internet discada. Nos anos 1990, essa velocidade de conexão variava de 28,8 kbps a 56 kbps (kilobits por segundo). Em 2024, a Banda Larga Fixa atinge, no Brasil, a velocidade aproximada de 219,51 Mbps (megabits por segundo). Comparando essa velocidade com a da internet discada, a evolução foi de 391.882% . De 2018 a 2023, a velocidade da banda larga no Brasil aumentou em torno de 3.000%.

Armazenamento de Dados

No anos 1990, os dispositivos mais comuns para o consumidor, os disquetes, tinham capacidade de 1,44 MB. Discos rígidos de computadores pessoais eram medidos em centenas de MB (megabytes) ou poucos GB (gigabytes). Três décadas depois, discos rígidos (HDDs) e SSDs (Solid State Drives) têm capacidades que chegam a 4TB, 8TB ou até mais, e soluções empresariais alcançam petabytes e yottabytes. Um disco rígido de 500 MB dos anos 1990 para um SSD de 4TB de 2024 representa um aumento de 8.000 vezes na capacidade para o usuário comum.

Portanto, o salto tecnológico é monumental, e não para mesmo que o muro de Berlim tenha ruído e a Guerra Fria definitivamente enterrada.

A nova economia e as profissões

Óculos de realidade virtual
  • Óculos de realidade virtual (Fotos: FREEPIK)

Quase na virada do milênio, o sociólogo, economista e jornalista, Gilson Schwartz, escrevia no livro “As profissões do Futuro” sobre rede, conhecimento e cidadania: “As manchetes de jornais e revistas consagraram a divisão entre ‘velha’ e ‘nova’ economia. Mas a distinção tende a desaparecer: simplesmente a nova economia penetra todos os setores da velha economia. Agricultura é coisa antiga? As plantações do futuro terão sementes e chips de controle. Fabricar panos ou toalhas é coisa de tecelão, trabalhador manual? O setor têxtil modernizou-se e hoje exibe os mais sofisticados sistemas de design gráfico e automação industrial”, escreveu na apresentação do livro.

Profissões como coordenadores de projetos, gerentes de terceirização, programadores visuais de multimídia, administradores de comunidades virtuais e engenheiros de redes eram consideradas de futuro. Naqules primeiros raios solares do século, apostava-se até em uma profissão que hoje é também função quase exclusiva da Google: Analista de palavra-chave, ou seja, o profissional responsável por relacionar certas palavras num site de modo que a página apareça entre as primeiras referências da lista quando alguém pesquisa o tema na internet. Esse profissional ganhou até uma nova nomenclatura nos tempos atuais: SEO (Search Engine Optimization), ou Otimização para Motores de Busca. Embora a Google tenha automatizado e sofisticado a forma como os rankings funcionam (usando centenas de sinais além das palavras-chave), ela não tornou o SEO uma profissão obsoleta. Pelo contrário, a Plataforma Google criou a necessidade de mais especialistas em SEO. A complexidade dos algoritmos e a competição por visibilidade nas primeiras posições fizeram do SEO uma das funções de marketing digital mais demandadas e bem pagas da atualidade numa indústria multibilionária.

O trabalho do profissional de SEO não é apenas “relacionar palavras num site”, mas entender a intenção do usuário, a estrutura do site, a experiência do usuário, a análise de dados e a estratégia de conteúdo — tudo para se ter mais views e aparecer no topo da plataforma.

A tecnologia impactou o mercado de trabalho. Hoje, não basta ter um diploma dependurado na parede. Aliás, há quem diga que os diplomas deveriam ser dados com prazo de validade, como leite e outros produtos perecíveis. Para competir no mercado de trabalho deste século, não basta ter competência, é preciso ser competitivo, ou seja, estar disposto a reformular e atualizar continuamente conhecimentos, habilidades e atitudes. O trabalhador do futuro, seja qual for a sua especialidade ou setor, precisa estar habituado à gestão do próprio conhecimento.

O que ainda vem por aí

Se olharmos para o começo dos anos 1980, vamos ver que as apostas nas profissões do futuro eram um tanto esquisitas, mas palpáveis do ponto de vista da direção para onde as pesquisas científicas apontavam na época: de gerente de hotel no oceano a treinador de robôs. Evidente que astrônomo lunar não se concretizou, porém, a automação em lanchonetes, supermercados e postos de combustíveis já são realidade em alguns países; a telemedicina entrou definitivamente nas nossas vidas e até robôs executam serviços em áreas importantes.

Aliás, a Robótica avança numa velocidade espantosa. Em 2015, segundo a Federação Internacional de Robótica (IFR) havia uma média de 66 robôs industriais instalados para cada 10 mil empregados no mundo. Em 2024, de acordo com a mesma fonte, já são 171 robôs para cada 10 mil empregados. As relações entre patrões e empregados também mudaram. A presença física nas empresas deixou de ser obrigação e o profissional mais valioso não precisa mais bater ponto e ser produtivo, basta ter capacidade de inovar, de buscar as melhores soluções para produtos e serviços. Por isso, daqui para frente cada vez mais as profissões do campo da tecnologia vão se destacar, como Engenheiro de Inteligência Artificial, Consultor Financeiro de Criptomoeda, Programador de Machine Learning, Geneticista, Piloto de Drone entre outras. Portanto, estamos diante de novos desafios. Se no século 19, a comunidade científica encarava a ciência como uma solucionadora de problemas, a partir do século 20 e nas duas primeiras décadas do século 21, ficou claro que as transformações tecnológicas acaba na prática por colocar novos problemas, cada vez mais complexos, reprogramando uma geração que se sente atraída por solucioná-los. A Inteligência Artificial invadiu de vez nossas vidas.

Inteligência artificial

 Inteligência artificial
  • Inteligência artificial (Fotos: FREEPIK)

É verdade que o computador foi uma das invenções mais espetaculares da humanidade, mas nada comparado à Inteligência Artificial, a chamada IA. Se até então interagíamos com outros seres humanos, por meio de aplicativos de conversas (chats), a partir da IA o nosso diálogo ganhou um ingrediente a mais: um “cérebro artificial”, que passa informações e argumenta sobre qualquer tema. A IA, inclusive, vem sendo utilizada como ferramenta de terapia, os chamados Chatbots Terapêuticos, que são aplicativos e plataformas de IA, muitas vezes baseada em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), para oferecer apoio emocional, sugestões e psicoeducação por meio de conversas de texto. Eles proporcionam um espaço acessível e anônimo para os usuários desabafarem e refletirem. Apesar dos benefícios, o uso da IA na psicologia enfrenta desafios significativos: falta de empatia humana: A IA simula empatia, mas não sente como um ser humano. A relação terapêutica (o vínculo entre paciente e profissional), que é essencial para a cura e o tratamento de questões subjetivas e complexas, não pode ser totalmente replicada por uma máquina, além das questões ética e de privacidade, pois o uso de dados sensíveis dos pacientes levanta sérias preocupações sobre a segurança e a confidencialidade das informações.

A psicóloga Zaira Pais Spengler explica que a IA vai falar de um ponto generalista, e o autoconhecimento é singular. “Cada pessoa tem sua história e a forma como significa o mundo.

Nem mesmo irmãos criados pelo mesmo pai e mãe são iguais”. Zaira reforça que o sofrimento humano, só pode ser acolhido por outro ser humano.

“As IAs podem ajudar entre os atendimentos que são semanais com psicoeducação, como incentivar a ir na academia e porque fazer atividade física. Mas somente na psicoterapia se cria vínculo, empatia e compreensão emocional.

O olhar clínico de um psicólogo considera a história de vida, afetos e relações, algo que vai além da troca de informações.

Vejo a IA como uma aliada complementar, mas não como substituta da psicoterapia. Ela pode apoiar, mas jamais substituir o encontro humano que é transformador no processo terapêutico”, conclui.

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Mudanças na relação de trabalho

Bruno: temos muito mais a ganhar com a IA
  • Bruno: temos muito mais a ganhar com a IA (Fotos: Divulgação)

 

"“Daqui a alguns anos, a IA será assim como a energia elétrica, simplesmente flui em nossas vidas como algo essencial para a existência humana”" – Bruno Henrique Dias: professor de IA

O professor Bruno Henrique Dias, da Hubina AI Solutions, é um destes profissionais do século XXI extremamente valorizado pelo mercado de trabalho. Nos últimos anos, ele tem se especializado em dar consultoria, cursos e mentoria em IA aplicada e para liderar. Bruno é um estudioso de Inteligência Artificial aplicada a marketing e operações e estrategista em automação.

Para ele, a melhor definição para IA é a de uma área da computação que tem como objetivo buscar desenvolver sistemas capazes de realizar tarefas que tradicionalmente requerem inteligência humana. Ele lembra que o termo IA não é novo. “Remonta da década de 1950 com teste de Turing proposto por Alan Turing, no entanto devido a tecnologia e a capacidade computacional atual, hoje, qualquer pessoa pode utilizar um modelo de IA como o ChatGPT sem a necessidade de um conhecimento técnico em computação”, enfatiza. Isso, segundo o professor, muda significativamente nossa relação tanto de trabalho quanto pessoal, pois, cada pessoa pode ter ao seu lado um assistente de IA extremamente inteligente e capaz de gerar eficiência e produtividade principalmente em tarefas consideradas repetitivas no dia a dia.

Bruno observa que a humanidade está caminhando rápido para o que chamamos de “cérebro artificial”. “Nos últimos três anos avançamos drasticamente rumo a uma adoção passiva da IA em nossas vidas. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Surrey na Inglaterra desenvolveram uma técnica inspirada no cérebro humano que pode tornar os modelos de IA ainda mais eficientes, sustentáveis e próximos do funcionamento do cérebro humano”. Ele não tem dúvida que a revolução da IA é a maior e mais profunda transformação da humanidade. “Daqui a alguns anos, a IA será assim como a energia elétrica, simplesmente flui em nossas vidas como algo essencial para a existência humana”, prevê o professor.

Bruno diz que não devemos temer a IA, exceto o fato de não interagirmos e buscarmos nos evoluir junto ao avanço da tecnologia. “Temos muito mais a ganhar do que perder com a IA. Inúmeras áreas já visualizam os seus ganhos e logo, todas serão impactadas gerando benefícios e avanços para a sociedade”, sustenta. Todavia, ele alerta que a maior barreira está nos algoritmos que podem replicar preconceitos e discriminações presentes na sociedade. Outro ponto está relacionado a privacidade e proteção de dados. “A preocupação dos países para regulamentação da IA se concentra no princípio da originalidade, autoria, plágio e a proteção de dados. Algumas organizações como a União Europeia são muito mais enérgicas quando comparada a China por exemplo. São vários pontos a serem discutidos e termos a serem validados, entretanto, geram debates, mas são formas de proteger ações de pessoas má intencionadas com o uso indevido de ferramentas cada vez mais difíceis de serem indetectáveis”, avalia Bruno.

A comunicação e os desafios em tempos de IA

O dilema é saber até onde usar a Inteligência Artificial no pensamento crítico

O dilema das redações hoje é saber como usar e aproveitar os recursos da IA sem perder a independência
  • O dilema das redações hoje é saber como usar e aproveitar os recursos da IA sem perder a independência (Fotos: FREEPIK)

"Costumamos dizer que a tecnologia não é positiva, não é negativa e também não é neutra." – Sandro Galarça: professor de jornalismo da Universidade Regional de Blumenau (FURB)

 

Uma das áreas mais impactadas pela Inteligência Artificial é a comunicação, um dilema que afeta diariamente as redações de jornais, revistas e sites.

Sandro Galarça, professor de jornalismo da Universidade Regional de Blumenau (FURB), afirma que a primeira questão é que não se trata de uma escolha do jornalista ou do veículo de comunicação utilizar ou não a Inteligência Artificial. “Assim como toda a tecnologia, a IA veio para mudar o padrão. Quando ocorre a convergência de vários padrões - sejam eles cultural, tecnológico ou econômico - isso vai além do gosto e da decisão pessoal. Ninguém pode querer comprar um telefone que não seja o de última geração ou pretender comprar uma televisão de tubo, porque a convergência de padrões nos impede de fazer isso, já que o padrão da indústria mudou.”

Para Galarça, o mesmo ocorre com o padrão do jornalismo atual. A mudança veio em virtude da inteligência artificial generativa, materializada em chats como o ChatGPT e o Gemini, entre outros.

O professor, todavia, chama a atenção para uma questão importante: o uso que se faz dessa tecnologia. “Costumamos dizer que a tecnologia não é positiva, não é negativa e também não é neutra. Mas, imaginemos que a gente aprenda a pensar a partir da IA, a desenvolver ferramentas a partir da IA, e a desenvolver e executar pautas a partir da IA; com o passar do tempo, acabamos por perder o ponto de reflexibilidade, a não refletir sobre a nossa própria prática, abrir mão da tarefa de pensar, que é natural e inerente à profissão e ao campo do jornalismo”, observa Galarça.

Assim, ele reforça, passamos apenas a reproduzir, que é justamente o que a Inteligência Artificial faz. “A partir do momento que eu uso a inteligência artificial para reproduzir tarefas diárias repetitivas, estou usando de maneira coerente e aceitável. Mas, a partir do momento em que eu delego à IA ações que envolvem produção e pensamento crítico — como, por exemplo, uma matéria jornalística de política ou de economia — isso deixa de ser uma contribuição jornalística positiva.”

Para o professor, é positivo buscar ajuda na inteligência artificial para tarefas simples do dia a dia da redação, como escrever uma nota, respondendo às cinco perguntas básicas do jornalismo (Quem? O quê? Onde? Quando? e Por quê?).

“Em contrapartida, isso libera o jornalista para pensar e refletir sobre determinados fenômenos, analisar reportagens que já produziu, deslocando o profissional ‘tarefeiro’, como é chamado na redação, para o jornalismo que pensa e reflete.”

Por outro lado, Galarça não vê a IA como fonte para desenvolver uma reportagem contextualizada e mais humanizada, tratando de temas como meio ambiente, igualdade social, integração e inclusão. “Não vejo uma IA sensível para isso. Em contrapartida, temos a tarefa de educar os novos jornalistas a problematizar essas questões. São dilemas éticos, e vejo que cresce o número de pessoas que fazem textos a partir da IA. Eu procuro explicar aos meus alunos e provar a eles que é muito mais fácil, criativo, original e útil do ponto de vista social dedicar ‘meia hora... quarenta minutos’ para fazer o texto do que pedir à IA. A sensibilidade do repórter, que começa desde a pauta, se perde quando não se sabe utilizar a IA”, afirma Galarça, acrescentando que ele mesmo já sente os efeitos práticos da IA no seu cotidiano jornalístico e se viu obrigado a mudar sua prática profissional e docente.”

Perguntamos e a IA respondeu

Jornal Metas: Você é uma inteligência artificial que nasce pronta, enquanto existem milhões de seres humanos que precisam desenvolver a sua inteligência ao longo da vida?

Inteligência Artificial (Gemini): É importante esclarecer que eu não “nasci” com um “cérebro pronto”. Eu sou um modelo de linguagem grande (LLM), desenvolvido pelo Google. Meu “conhecimento” e minhas “habilidades” vêm de um processo de treinamento massivo em uma quantidade imensa de dados de texto e código. Esse treinamento foi um processo de desenvolvimento que durou tempo e exigiu recursos computacionais e humanos (engenheiros, cientistas).

JM: O fato de você não ter sentimentos, consciência e experiências de vida a tornam muito mais objetiva em suas respostas, podendo inclusive cometer equívocos?

IA: Minhas respostas são um reflexo do dataset (conjunto de dados) que me treinou, que foi criado por humanos. Se esses dados contiverem vieses, erros ou informações falsas, eu os reproduzirei. O viés humano não é eliminado, apenas transferido para o meu sistema. Eu não “sei” o que estou dizendo; eu calculo a probabilidade da próxima palavra ou frase ser a mais relevante e coerente.Posso sim gerar respostas totalmente incoerentes ou falsas (fenômeno conhecido como “alucinação”), pois não tenho o senso comum para julgar a plausibilidade de uma informação.

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