Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", e o empresário Maurício Camisotti foram presos na Operação Cambota, suspeitos de liderar esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. A Polícia Federal apreendeu bens de luxo, incluindo Ferrari e réplica de McLaren.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 12 de setembro, a Operação Cambota, uma nova fase da Operação Sem Desconto, resultando na prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de "Careca do INSS", e do empresário Maurício Camisotti. A operação investiga um esquema de fraudes bilionárias que lesou aposentados e pensionistas.

Contexto da Investigação

O esquema criminoso, que operou majoritariamente entre 2019 e 2024, envolvia a cobrança de descontos indevidos em aposentadorias e pensões realizadas por sindicatos e associações, sem a devida autorização legal. As fraudes, estimadas em cerca de R$ 6,3 bilhões, teriam causado prejuízos significativos aos beneficiários do INSS.

O Papel de "Careca do INSS"

Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", é apontado como lobista/intermediário no esquema. As investigações apontam que ele movimentou aproximadamente R$ 53,5 milhões provenientes das entidades e associações envolvidas. Parte desse valor teria sido repassada a servidores do INSS e empresas ligadas à fraude.

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Medidas Judiciais e Prisões

A prisão de "Careca do INSS" e Maurício Camisotti foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além das prisões preventivas, foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

Bens Apreendidos

Durante a operação, a PF apreendeu uma série de bens de luxo, incluindo:

  • Ferrari;
  • Réplica de uma McLaren de Fórmula 1;
  • Joias;
  • Relógios;
  • Obras de arte;
  • Armas.

Além disso, foram mapeados imóveis de alto valor, carros de luxo e movimentações financeiras suspeitas em contas bancárias.

Próximos Passos

A Polícia Federal continua investigando o caso para identificar outros envolvidos e a dimensão total dos prejuízos causados. A Operação Cambota representa um duro golpe contra a corrupção e as fraudes que prejudicam os beneficiários do INSS.

Os avanços na CPMI 

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou 399 requerimentos nesta quinta-feira (11): um acordo entre governistas e oposicionistas priorizou a quebra de sigilo de pessoas e empresas vinculadas a associações de aposentados, e também de sindicatos e entidades supostamente envolvidos em fraudes contra beneficiários da Previdência. Uma das pessoas que teve os sigilos bancário e fiscal quebrados foiAntônio Carlos Camilo Antunes, que ficou conhecido como o “Careca do INSS”.

Além disso, há entre os requerimentos aprovados solicitações de relatórios de inteligência financeira (RIFs) ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Também há pedidos de documentos e relatórios sobre visitas a instituições como Câmara dos Deputados, Palácio do Planalto, Receita Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), entre outras.

Os parlamentares da CPMI aprovaram ainda requerimentos de informações sobre inquéritos policiais e processos judiciais relacionados a fraudes.

Com informações da Agência Senado

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