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Seis estados estão acima da média de inovação do país, mostra ranking (Fotos: © Fernando Frazão/Agência Brasil)
Santa Catarina é o segundo estado mais inovador do Brasil, com nota 0,449 no Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento. O estado mantém a vice-liderança desde 2020, ficando atrás apenas de São Paulo.
O estado de São Paulo segue na liderança do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (Ibid), divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Em uma escala de 0 a 1, São Paulo obteve nota 0,872, quase três vezes a média nacional de 0,296.
Além de São Paulo, outros cinco estados ficaram acima da média: Santa Catarina (0,449), Paraná (0,413), Rio de Janeiro (0,410), Rio Grande do Sul (0,398) e Minas Gerais (0,368). Já os últimos colocados foram Alagoas (0,148), Maranhão (0,127) e Acre (0,122).
Mudanças no ranking ao longo da década
Desde 2014, quando o índice passou a ser calculado, São Paulo ocupa a primeira posição. No entanto, o cenário mostra mudanças importantes nos últimos anos. Santa Catarina, por exemplo, era o terceiro colocado em 2015 e passou ao segundo lugar em 2020, mantendo a posição em 2025. Já o Paraná subiu do sexto lugar, há cinco anos, para o terceiro atualmente. O Rio de Janeiro, que ocupava a vice-liderança em 2015, caiu para a quarta posição.
“Leve desconcentração” da inovação no país
Segundo o INPI, os dados apontam para um movimento de desconcentração das atividades inovadoras, ainda que tímido. Em 2015, a pontuação média das unidades federativas equivalia a 28% do desempenho paulista; em 2025, passou para 29%. Sete estados diminuíram a distância em relação a São Paulo: Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Paraíba, Alagoas, Piauí e Amapá.
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Durante a apresentação do índice, realizada na última sexta-feira (29) no Startup Summit, em Florianópolis, o economista-chefe do INPI, Rodrigo Ventura, destacou que o estudo mostra a “nova geografia da inovação brasileira”.
“A inovação deixou de ser exclusividade dos grandes centros e se espalhou para outras regiões, atraindo investimentos e impulsionando novos negócios. Estamos vendo o avanço do empreendedorismo e o surgimento de polos de startups em todo o Brasil”, afirmou.
Critérios de avaliação
Ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o INPI leva em consideração no índice diversos pilares: instituições, capital humano, infraestrutura, economia, negócios, conhecimento e tecnologia e economia criativa. Cada categoria possui subdivisões que analisam fatores como crédito, investimentos, ambiente regulatório, sustentabilidade e ativos intangíveis.
Brasil no cenário internacional
O Ibid se inspira no Índice Global de Inovação (IGI), elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Em 2024, o Brasil ocupou a 50ª posição entre 133 países, uma queda em relação a 2023, quando figurava em 49º. Ainda assim, o país acumula avanço de 20 posições desde 2015 e se mantém como a principal nação latino-americana no ranking, à frente de Chile (51º) e México (56º).
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