A obesidade infantil cresce em todo o mundo e traz sérias consequências para a saúde física e emocional.

A obesidade infantil é uma condição crônica que preocupa médicos e instituições de saúde em todo o mundo. Seus efeitos vão além do excesso de peso: podem comprometer a saúde física, emocional e social da criança tanto na infância quanto na vida adulta.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o avanço é alarmante. Em 2024, cerca de 35 milhões de crianças com menos de 5 anos estavam acima do peso. Entre jovens de 5 a 19 anos, o número chegava a 390 milhões, sendo que 160 milhões já viviam com obesidade.

1. Diversas causas

A obesidade infantil pode ter origem genética, hormonal ou estar associada ao uso de determinados medicamentos. Porém, a maioria dos casos é considerada exógena, isto é, resultado de fatores externos relacionados ao estilo de vida.

Entre eles estão a alimentação inadequada, marcada pelo consumo de ultraprocessados ricos em calorias e pobres em nutrientes, e o sedentarismo, agravado pelo tempo excessivo em frente a telas e pela falta de estímulos para atividades físicas.

2. Diagnóstico complexo

O diagnóstico não deve se basear apenas na percepção visual. O principal critério é o Índice de Massa Corporal (IMC) ajustado por idade e sexo, utilizando curvas de crescimento que indicam desvios-padrão (DP) em relação à mediana de crianças saudáveis.

Crianças de 5 a 19 anos: sobrepeso acima de +1 DP; obesidade acima de +2 DP.

Crianças com menos de 5 anos: sobrepeso acima de +2 DP; obesidade acima de +3 DP.

Além do IMC, médicos podem avaliar a circunferência abdominal, o histórico familiar, exames laboratoriais e o padrão de crescimento da criança, permitindo um diagnóstico mais preciso e precoce.

3. Impactos físicos, emocionais e sociais

A obesidade infantil aumenta o risco de diversas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como:

  • Diabetes tipo 2;
  • Hipertensão e dislipidemia;
  • Problemas osteoarticulares, como dores nos joelhos e na coluna;
  • Apneia do sono;

Puberdade precoce e distúrbios hormonais.

Os reflexos não param na saúde física. Crianças com obesidade frequentemente enfrentam preconceito e bullying, o que prejudica a socialização e a autoestima. Esse cenário pode desencadear quadros de ansiedade, depressão e isolamento social.

4. Mudanças no estilo de vida

Apesar dos riscos, a obesidade infantil pode ser prevenida e até revertida. Pequenas mudanças no dia a dia fazem diferença:

  • Incentivar a introdução alimentar equilibrada desde cedo;
  • Estimular refeições em família com alimentos frescos e nutritivos;
  • Reduzir bebidas açucaradas, ultraprocessados e fast-food;
  • Garantir prática regular de atividades físicas;
  • Limitar o tempo de tela;

Priorizar horas adequadas de sono.

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