Inverno de 2025 é o mais frio em décadas e atinge diversas capitais brasileiras

Dados da Climatempo e do INMET confirmam quedas expressivas de temperatura no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com São Paulo registrando a menor média em mais de 30 anos

O inverno de 2025 vem se consolidando como um dos mais rigorosos das últimas décadas, com registros históricos de resfriamento em várias capitais brasileiras. Segundo levantamento da Climatempo com base em medições do INMET, as massas de ar polar se mantiveram mais presentes e duradouras no centro-sul do país, provocando quedas expressivas tanto nas temperaturas máximas quanto nas mínimas.

No Sul, Porto Alegre registrou redução constante nos últimos três anos. Entre 20 de junho e 20 de agosto, a média das máximas caiu de 21,9 °C em 2023 para 18,7 °C em 2025, enquanto as mínimas passaram de 12,7 °C para 10,2 °C. Em Curitiba, o resfriamento foi ainda mais acentuado: após leve oscilação em 2024, a média das máximas recuou para 19,2 °C em 2025, e as mínimas chegaram a apenas 8,9 °C, uma das menores marcas recentes.

No Sudeste, São Paulo se destacou com um frio histórico. A média das mínimas entre 20 de junho e 13 de agosto foi de 12,2 °C, a mais baixa desde 1994, quando o valor chegou a 10,8 °C. Belo Horizonte também registrou recuo em relação a 2024, ficando com médias de 24,2 °C (máxima) e 12,7 °C (mínima). Vitória, que havia enfrentado calor atípico no ano passado, voltou a índices mais amenos, com 26,4 °C de máxima em 2025. Já no Rio de Janeiro, a estação Vila Militar apontou queda significativa, com máximas de 26,1 °C e mínimas de 14,3 °C, revertendo a tendência de aquecimento do último ano.

Até mesmo o Centro-Oeste, tradicionalmente mais quente, sentiu os reflexos. Em Campo Grande, as médias caíram de 30 °C (máxima) e 17,7 °C (mínima) em 2023 para 27,6 °C e 14,9 °C neste inverno, representando quase três graus a menos em relação a 2024.

O cenário confirma que o inverno de 2025 ficará marcado pela intensidade do frio, não apenas no Sul e Sudeste, mas também em regiões menos habituadas a quedas tão expressivas de temperatura.