Os três são proprietários da empresa Saay’s Soluções Ambientais, com sede em Gaspar

Gaspar está entre as dez cidades catarinenses atingidas pela 6ª fase da Operação Mensageiro, deflagrada na manhã de terça-feira (19) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), coordenados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A ação investiga crimes como corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva contra empresários, todos eles da empresa Saay’s Soluções Ambientais, com sede em Gaspar, também responsável pelo recolhimento do lixo na cidade. Eles são suspeitos de manter práticas ilícitas e 36 mandados de busca e apreensão em residências e empresas de dez cidades: Gaspar, Rio do Sul, Blumenau, Imbituba, Florianópolis, Bombinhas, Laguna, Braço do Norte, Palhoça e Imaruí. Nesta fase, também foram alvos os ex-prefeitos de Braço do Norte e Rio do Sul.

A Saay’S foi fundada em 2005. No site, a empresa, que tem sede no Bairro Gaspar Mirim, afirma que tem unidades administrativas e operacionais físicas em cinco cidades catarinenses onde mantém contratos públicos: Gaspar, Rio do Sul, Ituporanga, Bombinhas e Garuva

De acordo com o MPSC, o objetivo foi aprofundar a coleta de provas ligadas a contratos de coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos em diferentes regiões do estado, apontados como parte de um esquema criminoso estruturado. As prefeituras de Rio do Sul e Braço do Norte se manifestaram. O Executivo riossulense informou que as empresas investigadas não prestam mais serviços ao município e que os contratos sob investigação não foram firmados pela atual gestão. Já a prefeitura de Braço do Norte destacou que as buscas se concentraram em gestões anteriores e reforçou apoio integral às investigações.

Deflagrada em 6 de dezembro de 2022, a Operação Mensageiro já teve prefeitos e ex-prefeitos entre os investigados nas regiões Norte, Sul, Serra e Vale do Itajaí. Até a quinta fase, haviam sido presas preventivamente 42 pessoas — entre elas, 17 prefeitos em exercício — e cumpridos 280 mandados de busca e apreensão.

Na primeira fase, quatro prefeitos foram presos: Deyvisonn Souza (Pescaria Brava), Luiz Henrique Saliba (Papanduva), Antônio Rodrigues (Balneário Barra do Sul) e Marlon Neuber (Itapoá). Já na segunda, em fevereiro de 2023, foram detidos os prefeitos de Lages, Antônio Ceron, e de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa. Poucos dias depois, na terceira fase, o alvo foi o então prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, além do vice Caio Tokarski. Na quarta etapa, em abril de 2023, outros nove prefeitos foram presos, entre eles os de Corupá, Ibirama, Massaranduba, Imaruí e Guaramirim. A quinta fase, em abril de 2024, mirou no ex-prefeito de São João do Itaperiú, Clézio Fortunato, e em seu vice, Jaime Antônio de Souza, além de buscar documentos na prefeitura de Porto Belo relacionados ao deputado estadual Emerson Stein, ex-prefeito da cidade.

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