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Giovanni defende o trabalho colaborativo entre jornais (Fotos: Kassiani Borges/Jornal Metas)
Giovanni Ramos defende um jornalismo em rede e colaborativo
Em 2016, o jornalista blumenauense Giovanni Ramos, na época repórter de Política do Jornal Metas cruzou o Oceano Atlântico para morar e estudar em Portugal. Em 2018, concluiu o Mestrado em Comunicação Social na Universidade da Beira Interior, na cidade de Covilhã e, em 2023, o Doutorado na mesma universidade.
No início de 2024, já morando em Coimbra, conhecida como a “cidade dos estudantes” pelo grande número de universidades, Giovanni foi convidado a dar aulas como professor substituto do curso de Comunicação da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra, um centro público de estudos semelhante ao Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
De professor substituto, ele se tornou praticamente efetivo, pois em 2025 foi novamente convidado a lecionar na faculdade. “Para ser efetivo precisa prestar concurso público”, explica o jornalista, que neste mês veio ao Brasil para lançar o seu primeiro livro, “Jornalismo de Proximidade em Rede”, fruto da sua tese de Doutorado, que tem como uma das fontes de pesquisa o Jornal Metas, onde trabalhou de 2011 a 2016. “O Jornal Metas me deu a base do conhecimento e a experiência para que eu me desenvolvesse profissionalmente”, destaca Giovanni.
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Giovanni defende o trabalho colaborativo entre jornais (Fotos: Kassiani Borges/Jornal Metas)
O livro, que é financiado com recursos públicos, propõe caminhos para que os veículos de comunicação tradicionais façam a transição para o meio digital com mais facilidade. Giovanni defende modelos de negócios em rede, para que os pequenos jornais, juntos, se fortaleçam no mercado. Daí o título “Jornalismo de Proximidade em Rede”, que é uma expressão muito usada em Portugal. “O livro oferece um modelo prático, aplicável tanto na análise de projetos coletivos quanto na criação de projetos em rede, complementado com análises de veículos, como o Jornal Metas, além de sugestões para o fortalecimento desses meios de comunicação”, explica o jornalista.
Para Giovanni, a atuação coletiva dos meios de comunicação precisa estar sintonizada com a sociedade civil, que é quem consome o conteúdo notícia. “Sozinhos, os veículos de comunicação mais tradicionais não irão sobreviver no atual mercado da comunicação”, alerta.Ele conta que a imprensa em Portugal é ainda bastante tradicional, até mais que no Brasil, ainda com muitos veículos impressos, principalmente em cidades menores, onde há grande resistência em migrar para os modelos digitais. Giovanni, porém, chama atenção no livro para os “desertos de notícias, termo criado nos Estados Unidos, que indica cidades onde não há nenhum veículo de comunicação, seja rádio, jornal ou TV. “Em Portugal tem bastante desertos de notícias, mas no Brasil, por conta da dimensão territorial, existe muito mais.
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Giovanni defende o trabalho colaborativo entre jornais (Fotos: Kassiani Borges/Jornal Metas)
O público acaba consumindo notícias de outras cidades da região”, observa. No livro, Giovanni defende que é preciso que os veículos regionais trabalhem juntos num jornalismo colaborativo, preenchendo esses “desertos” e cita como exemplo a Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (ADJORI-SC), que congrega hoje mais de 100 veículos de comunicação. “Esse é o caminho, unir a expertise de cada veículo para se produzir grandes conteúdos em diferentes plataformas ára diversos públicos: rádio, vídeo, jornal e redes sociais, embora eu ainda observe muita resistência, mas o caminho foi aberto”, finaliza. O livro pode ser baixado gratuitamente AQUI!
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Giovanni defende o trabalho colaborativo entre jornais (Kassiani Borges/Jornal Metas)
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Giovanni defende o trabalho colaborativo entre jornais (Kassiani Borges/Jornal Metas)
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