Estado colhe 7,85 milhões de toneladas, impulsionado por clima favorável, tecnologia e produtividade recorde — mas preços baixos preocupam produtores

A agricultura catarinense vive um momento histórico. A safra de grãos 2024/25 registrou um crescimento expressivo de 20,7% em relação ao ciclo anterior, atingindo 7,85 milhões de toneladas — frente a 6,5 milhões em 2023/24. O avanço foi generalizado, com alta na produção de arroz (+12,2%), feijão (+14,1%), milho (+24,7%), soja (+19,1%) e trigo (+40,5%).

O resultado foi impulsionado pela combinação entre clima favorável, produtividade recorde e investimentos em tecnologia agrícola. No entanto, o aumento da oferta no Brasil e no exterior vem pressionando os preços, o que preocupa os produtores.

Arroz: produção chegou a 1,3 milhão de toneladas, com produtividade recorde de 8,95 t/ha, mas preços caíram cerca de 41% devido ao excesso de oferta.

Feijão: colheu 129 mil toneladas, alta de 14,1%, sustentada pela primeira safra. Apesar de leve valorização do feijão-preto, o mercado segue pressionado.

Milho: produção cresceu 25%, alcançando 2,7 milhões de toneladas, mesmo com redução da área plantada. Produtividade de 9,8 t/ha foi a maior da história no estado.

Soja: produção atingiu 3,27 milhões de toneladas (+19,1%), com aumento da área e alta produtividade. Preços oscilaram, mas recuaram em julho.

Trigo: recuperação impressionante, com alta de 40,5% e 432 mil toneladas colhidas após frustração na safra anterior.

Segundo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, o desempenho foi fruto da adoção de cultivares melhoradas, manejo eficiente e chuvas regulares ao longo do ciclo. O desafio agora está na comercialização, diante de um mercado pressionado pela oferta interna e externa.

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