"Sou uma vereadora chata", diz Alyne Serafim relatora da CPI da Roçada

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26/08/2025 11:36
POLÍTICA

"Sou uma vereadora chata", diz Alyne Serafim relatora da CPI da Roçada

Por Kassiani Borges

 Publicado 07/08/2025 17:56  – Atualizado 26/08/2025 11:36

  • Alyne Serafim usa da sua expertise de policial civil nos depoimentos da CPI da Roçada (Fotos: DANIEL NOGUEIRA/JORNAL METAS)

É assim que Alyne Serafim (PL) se define na condução do trabalho no legislativo municipal

Relatora da CPI da Roçada, que apura supostas irregularidades em contratos de serviços de roçagem e limpeza urbana em Gaspar, Alyne Serafim Nicoletti (PL), muitas vezes, troca de função. Sai de cena a vereadora e entra a policial civil com 26 anos de experiência. Ela usa de suas habilidades para questionar as testemunhas como se estivesse diante de uma investigação policial. “Posso aplicar minha experiência como policial civil para garantir que a verdade venha à tona”, argumenta a parlamentar”. E tem dado certo, pois a CPI tem trazido à baila importantes revelações de como funcionava o esquema dentro da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos e Samae.

Mas, como toda a boa policial, Alyne mantém a ética e prefere não se manifestar antes de concluir o relatório final da CPI, previsto para daqui a 60 dias. Parlamentar de primeiro mandato, embora já tenha ocupado assento na Casa de Leis como suplente na legislatura passada, ela se define como uma vereadora “chata” e diz aceitar esse título com orgulho. “Quem leva a sério o serviço público não se acomoda”, justifica. Alyne também afirma que entrou na política para fazer a diferença na vida das pessoas e não para sair atrás de buraco de rua e poste sem luz só pra atacar a administração municipal. “Meu foco sempre foi claro: justiça social, transparência e resultados reais para a população”, acrescenta a vereadora, que é também a líder do governo na Câmara Municipal. “Assumi a missão de articular o diálogo entre o Legislativo e o Executivo, buscando consensos, destravando projetos importantes e defendendo propostas alinhadas com o que é melhor para Gaspar”, explica. A parlamentar usa da relação profissional e de confiança com o prefeito Paulo Koerich, com quem trabalhou por muitos anos na delegacia de Gaspar, para fortalecer o elo político. “Estou aqui para somar, propor, corrigir o que precisa ser corrigido e contribuir com a construção de uma cidade melhor”, acrescenta.

Alyne Serafim Nicoletti (PL)
  • Alyne Serafim Nicoletti (PL) (Fotos: Daniel Nogueira/Jornal Metas)

Desde os primeiros dias de mandato, a vereadora tem se preocupado com pessoas em situação de vulnerabilidade social. Por isso, tentou emplacar um projeto de lei que cria a internação voluntária para pessoas com sofrimento psíquico e dependência química que vivem nas ruas. A assessoria jurídica da Casa, no entanto, vetou o projeto, pois entendeu que essa iniciativa deve partir do Executivo. Alyne então repassou ao Executivo Municipal, por meio de indicação, o Projeto de Lei nº 27/2025, que estabelece a internação involuntária no município. “Essa proposta nasceu da dor de famílias que, desesperadas, pedem apoio do poder público para lidar com entes queridos que já perderam o domínio sobre suas próprias vidas”, argumenta. Alyne participa também da fiscalização da ONG responsável pelos abrigos de crianças e adolescentes em Gaspar, área sensível que ela entende precisa ser acompanhada de perto e com responsabilidade.

Nestes seis meses e alguns dias de mandato, Alyne também se envolveu pessoalmente numa luta antiga dos moradores da localidade do Pocinho e da Rua Conceição, no Bairro Poço Grande, que vinham reivindicando a mudança da empresa que abastece água naquela região da cidade que pertence a Gaspar, porém, recebia água de Ilhota. No mês passado, enfim a Ilhota Saneamento entregou o serviço para o SAMAE de Gaspar. “Durante mais de 30 anos, os moradores pagavam IPTU e demais taxas para Gaspar, mas quem fornecia a água era a concessionária de Ilhota. Graças ao esforço da comunidade e à liderança de Thiago Junio, presidente da Associação de Moradores, conseguimos essa vitória. Hoje, as famílias recebem água tratada e de qualidade. Se tivesse direito a apenas um pedido nesses quatro anos, certamente seria esse. Não consigo me imaginar vivendo o que aquelas famílias viveram”, observa.

Em entrevista ao Jornal Metas a avó do João Vicente, casada com o advogado Renato Nicoletti e mãe de três filhos (João Henrique, Sofia e Maria Luiza), reafirma o compromisso que assumiu desde a posse: manter um mandato participativo, com diálogo constante com a população, foco em políticas públicas inclusivas e fiscalização firme do poder público.

Ela também fala sobre a CPI e outras ações que vem desenvolvendo no legislativo, incluindo verbas que tem conseguido junto a parlamentares em Brasília e Florianópolis para investimentos em infraestrutura, saúde e lazer em Gaspar.

 

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  • Alyne Serafim Nicoletti (PL) (Daniel Nogueira/Jornal Metas)

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