
Estadualização pode ser uma das saídas para o Hospital de Gaspar

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Prefeitura e Governo do Estado já discutiram a proposta de regionalização do Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Fotos: ARQUIVO PMG)
Secretaria de Estado da Saúde assumiria a gestão da instituição hospitalar gasparense
Das alternativas para mudanças no Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, uma delas é a de transferir a gestão para o Governo do Estado. As conversas entre a Prefeitura e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) já ocorreram, porém, o governo ainda não deu detalhes. Em entrevista ao Jornal Metas há três semanas, o prefeito, Paulo Koerich, afirmou que poderia dar “uma boa notícia em breve” sobre o hospital. A regionalização pode ser essa boa notícia.
Sob intervenção da Prefeitura há mais de dez anos, o Hospital de Gaspar depende, basicamente, de recursos públicos para manter as portas abertas. Os três últimos governos buscaram alternativas para repassar a administração da instituição hospitalar a terceiros, incluindo gestores privados. No entanto, o elevado passivo financeiro tem afastado possíveis interessados. Com isso, uma das saídas é a estadualização.
O hospital recebe repasses do município - o volume maior - e dos governos Estadual e Federal. Com a estadualização, os repasses do Ministério da Saúde passariam a ser transferidos ao Governo Catarinense, que também assumiria os custos operacionais da unidade de saúde, hoje em cerca de R$ 4,5 milhões/mês que são repassados pela Prefeitura.
Projetos de lei
Para que o Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro possa integrar a rede pública de saúde catarinense, é necessário a aprovação de uma lei municipal (na Câmara de Vereadores) e de uma lei estadual (na Assembleia Legislativa). Na última sessão da Câmara Municipal, o vereador Dionísio Bertoldi (PT) apresentou requerimento nº 133/2025, aprovado por unanimidade, para que se encaminhe ofício ao Governo do Estado, solicitando a regionalização do hospital de Gaspar.
Para o parlamentar, o Estado de Santa Catarina tem melhores condições financeiras para gerir o hospital, podendo participar diretamente de soluções para o impasse financeiro que se arrasta na casa de saúde. O objetivo, segue argumentando Bertoldi, é melhorar a estrutura e a gestão do hospital. “Devemos buscar um melhor atendimento à comunidade. Para isso, precisamos de uma gestão profissional e técnica no nosso hospital”, opina.
Em 2023 e 2024, a Secretaria de Estado da Saúde integralizou à sua rede de atendimento pública de saúde oito hospitais. Desses, cinco foram contratualizados no ano passado. No último final semana, o governador Jorginho Mello oficializou a regionalização do Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. Segundo a SES, Santa Catarina é a unidade da federação que mais avançou no credenciamento de hospitais privados que passaram a fazer parte da rede de 199 hospitais que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.
O que diz a Prefeitura
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Gaspar disse estar comprometida em resolver a situação do Hospital de Gaspar. “A administração municipal tem trabalhado intensamente para garantir soluções efetivas e sustentáveis para o hospital. Nos próximos meses, anunciaremos uma solução definitiva e novos investimentos para a unidade hospitalar do município”, finalizou a nota.
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