
Mulher é indiciada por jogar ácido nas partes íntimas do ex durante relação sexual

-
Mulher será indiciada por crime de lesão grave (Fotos: DIVULGAÇÃO)
Ela alega que pensou tratar-se de um estimulante sexual
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o inquérito policial e indiciou uma mulher, de 38 anos, pelo crime de lesão corporal grave praticada contra seu ex-companheiro, de 36. O fato aconteceu no começo do mês passado, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, quando a vítima recebeu uma substância corrosiva em suas partes íntimas.
De acordo com as investigações, o casal manteve um relacionamento por aproximadamente quatro anos e meio e estava separado. Havia entre as partes sete procedimentos investigativos anteriores, incluindo ações penais e medidas protetivas de urgência.
No dia do crime, a mulher teria ido à residência do ex-companheiro sob a justificativa de tratar de assuntos relacionadas à propriedade de um telefone celular. Após discussão, o casal teria se entendido e houve relação sexual entre ambos. Porém, durante o ato, segundo relato do homem, a ex-companheira teria aplicado uma substância corrosiva nas partes genitais dele, sob a justificativa de se tratar de um estimulante sexual. A substância causou queimadura química com necrose no tecido da pele.
A mulher, porém, contou outra versão para o fato. Ela teria ido à residência após ter sido ameaçada pelo ex-companheiro, que teria exigido um encontro sob ameaça de difamá-la. Ela alegou que as relações sexuais não foram consentidas e que, ao tentar se defender, aplicou um produto que acreditava ser um estimulante sexual. Informou ainda que o produto já se encontrava no local e pertencia à vítima.
Conforme o delegado da PCPR Derick Moura, a vítima permanece internada, sem previsão de alta, após ter sido submetida a cirurgia para retirada de tecido necrótico e enxerto de pele.
“O inquérito policial foi finalizado com o indiciamento da mulher pelo crime de lesão corporal grave, diante da possibilidade de debilidade permanente das funções urinária e reprodutiva da vítima”, explica.
A polícia entendeu que houve desproporcionalidade na conduta da investigada e destacou que, mesmo diante da suposta ameaça, ela não acionou as autoridades, apesar de possuir medida protetiva em vigor. O procedimento foi encaminhado ao Ministério Público para providências.
-
A mulher irá responder por crime de lesão grave (DIVULGAÇÃO POLÍCIA CIVIL/PR)
Deixe seu comentário