
Poluição do Ar: A Máscara Volta? Pesquisas e Impactos Revelam Preocupações Globais

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Poluição do ar (Fotos: Freepik)
No Dia Mundial do Meio Ambiente, o alerta para o aumento dos níveis de poluição do ar
Será que no futuro vamos precisar voltar a usar máscara?
O Dia Mundial do Meio Ambiente, torna-se, a cada ano, uma data de preocupação ao redor do planeta. As mudanças climáticas revelam a necessidade de medias urgentes para aliviar a enorme carga de poluição e desmatamento que pressionam o planeta. Em seu primeiro dia de governo, o presidente Donald Trump assinou um decreto retirando os Estados Unidos do Acordo de Paris, um tratado internacional sobre mudanças climáticas no qual cerca de 200 países se comprometeram em trabalhar juntos para limitar o aquecimento global, causado principalmente pelos gases despejados na atmosfera, o chamado efeito estufa. Sem a presença do país historicamente mais poluidor do planeta, o Acordo de Paris tem suas ações limitadas.
Porém, existe a chamada “Lei do Retorno”. Para se ter uma ideia, quase 40% (131 milhões) de habitantes dos Estados Unidos vivem em áreas com níveis insalubres de poluição ambiental. O número foi apresentado em 2024, no relatório State of the Air. “Todo dia que houver níveis insalubres de ozônio ou poluição por partículas significa que alguém – uma criança, avô, tio ou mãe – luta para respirar. Devemos fazer mais para garantir que todos tenham ar limpo”, diz Harold Wimmer, presidente e CEO da Associação Americana do Pulmão. Pode ser que, num futuro bem próximo, a imagem de pessoas usando máscaras durante a pandemia venha a se tornar corriqueira, quase um acessório obrigatório para quando formos sair de casa.
Em 2022, uma pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alertava para a poluição do ar. Segundo a OMS, 99% da população mundial respiraar poluído, o que tem levado a 7 milhões de mortes por ano. A queima de combustíveis fósseis como carvão e derivados de petróleo está associado a doenças respiratórias como a asma, que causa sintomas como tosse, chiado no peito ou dificuldade para respirar e internações hospitalares.
Já no Brasil, uma pesquisa feita com internautas brasileiros de dez capitais investigou a forma como eles percebem as mudanças climáticas. Os impactos mais urgentes, como calor excessivo e poluição do ar, foram os mais citados pelos entrevistados. A partir do questionário, conduzido pelo Instituto Cidades Sustentáveis e respondido por 3.500 pessoas, observou-se que os principais problemas apresentados variam de acordo com a cidade dos que responderam. Dessa forma 71% dos paulistanos consideram a poluição do ar como o problema ambiental mais grave, enquanto 60% dos moradores de Porto Alegre e 45% dos de Belo Horizonte elegeram as enchentes como maior problema. A poluição sonora foi destaque para 44% dos soteropolitanos (nascidos em Salvador), enquanto os cariocas se dividiram entre a poluição do ar (41%) e questões relacionadas ao abastecimento de água (30%). Em Manaus 54% citaram a poluição do ar, outros 34% as queimadas e 26% o desmatamento. Em Belém, a coleta de esgoto (40%) e de lixo (28%) foi o problema mais urgente.
Em Recife, a poluição das águas alerta 43% dos que responderam, assim como a coleta e o tratamento de esgoto são prioridade para 29%. Última capital citada, Goiânia elegeu como maiores problemas a falta de coleta seletiva (39%), a poluição sonora (31%) e as queimadas (28%). No somatório das respostas, 52% elegeram como maior problema a poluição do ar, 34% a poluição sonora e 32% as enchentes e alagamentos.
Em relação aos principais impactos sentidos, as respostas variaram menos - 49% de todos os que responderam consideraram que o calor excessivo é o principal impacto, seguidos por 17% que consideram a poluição do ar, 11% que citam o preço dos alimentos e 10% que citam as enchentes. Os outros impactos, como seca, falta de água, deslizamentos de terra e aumento do nível do mar somam 8%, e 4% não souberam responder. Com exceção de Porto Alegre, em que o impacto mais citado foi o das enchentes, com 36% das menções, em todas as capitais o calor foi apontado como fator mais presente.
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