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22/05/2025 10:01
HISTÓRIA

Sociedade União chega aos 50 anos

Por Alexandre Melo

 Publicado 22/05/2025 10:01  – Atualizado 22/05/2025 10:01

  • Almoço de 50 anos da Sociedade União (Fotos: Marcelo Schramm)

Diretoria promoveu um almoço para marcar o cinquentenário da Sociedade

No passado, Gaspar era uma cidade com poucas opções de lazer. Assim foram surgindo nos bairros as chamadas sociedades, que eram núcleos associativos com objetivo de reunir as famílias em eventos esportivos e sociais. Algumas dessas sociedades não existem mais, outras, porém, resistem ao tempo pela paixão e determinação de antigos moradores. É o caso da Sociedade Esportiva União, no Bairro Margem Esquerda, que no último dia 15 de maio completou 50 anos de fundação. Um almoço, na manhã de sábado (17), reunindo sócios, ex-presidentes, ex-diretores e familiares marcou a data. Um evento de recordações e homenagens, que teve a presença do prefeito, Paulo Koerich, e do seu vice, Rodrigo Althoff.
Histórias não faltam na trajetória cinquentenária da Sociedade União. Entre os idealizadores, o único ainda na ativa é Guiomar Schramm, o popular “Nego” que, aos 70 anos, ainda participa de uma das muitas patotas de futebol do clube.

A Sociedade União é resultado da iniciativa de Guiomar e de outros três moradores do bairro: Solano Bolomini, o primeiro presidente (já falecido), Flávio Conceição, o popular Fiola, e César Cardoso. A ideia inicial era montar um time de futebol, para disputar jogos e competições municipais e regionais.
Esse foi o embrião da Sociedade União, nome que somente viria a ser dado alguns meses depois. Ao lado da cancha de bocha, na atual sede, os muitos troféus são a prova de que a Sociedade União possuía um time forte nas disputas locais.

Porém, time montado, faltava aos quatro amigos encontrar um local para construir o campo de futebol. Foi aí que entrou na história outro personagem importante na história do União: Silvio Schramm, que era dono de terras no Margem Esquerda. Ao seu Sílvio foi pedida a doação de um terreno para o campo de futebol. O objetivo era dar aos moradores do bairro uma área de lazer e integração. Silvio doou então uma área onde hoje está localizada a central da SCGás, na margem da BR-470. Com o terreno garantido, a comunidade foi chamada a ajudar na construção do campo futebol, e aí não faltaram mãos e braços nesta obra executada nos finais de semana.
Como objetivo principal do novo clube era a integração comunitária, os idealizadores convidaram a comunidade do Belchior Baixo a participar, por intermédio do professor Dario Deschamps. Foi nessa reunião que ficou decidido que o nome do time de futebol seria União.
Campo de futebol pronto, o time entrou em ação, realizando vários jogos com outros clubes da região, além de participar de torneios e campeonatos internos, organizados pela diretoria. O primeiro presidente do União foi Solano Bolomini. “Ele exigia muito do time”, recorda Fiola.
Mas, como em toda trajetória nem sempre tudo são flores, a Sociedade União enfrentou o seu maior desafio em 1983 e 1984, quando as duas grandes enchentes atingiram seriamente o campo, suspendendo as atividades. Como não havia mais condições de se recuperar a sede, novamente a diretoria procurou seu Silvio para a doação de outra área. A diretoria recebeu então um terreno próximo ao atual Loteamento das Arábias.
A diretoria do União teria que começar praticamente do zero, só que desta vez os custos para o novo campo seriam maiores. Isto porque o terreno era bastante encharcado e exigiria aterro e uma boa drenagem. A decisão então foi vender a área e comprar outra que pertencia a Reinaldo Eskelsen, onde antes havia existido outro clube de futebol amador, o Metropol. Essa é a atual sede da Sociedade Esportiva União, na Rua Luiz Franzoi.

Com o passar dos anos, a estrutura da Sociedade União foi sendo ampliada, com a compra de áreas vizinhas. Hoje, existe um salão de baile, uma cancha de bocha, campo de futebol e parque de diversões. O atual presidente, Eduardo Rudger, ocupa o cargo desde 2011, e diz ser motivo de orgulho estar à frente da Sociedade. Porém, admite que não faz nada sozinho. “Eu sempre tive pessoas na diretoria que trabalharam muito para mantermos o União de pé e é assim que o clube vai continuar para percorrer outros 50 anos”. Eduardo agradeceu os parceiros, porque sem eles, acredita o presidente, o União talvez não existisse mais.

Hoje, além das patotas da semana, a Sociedade União mantém um time de futebol Sênior, que faz jogos amistosos por toda a região, além de receber equipes convidadas em sua sede. O presidente revela que a agenda de jogos já está praticamente fechada para 2026. O União também mantém uma escolinha de futebol - do professor Rosseti - há muitos anos. A garotada tem aulas duas vezes por semana. Já a sede social é alugada aos sábados para a realização dos tradicionais bailes do União, sempre muito concorridos. O espaço é também aberto para a realização de ações sociais e festas particulares. Valmir Miranda, tesoureiro da atual diretoria, revela, com orgulho, que o União está com toda a documentação em dia e as contas equilibradas. "Isso é fruto de muito trabalho e empenho da diretoria", avalia.

Da redação: A equipe de jornalismo do Jornal Metas também está produzindo uma reportagem em vídeo apra contar a história do União que, em breve, será publicada em nossas redes sociais.

  • Almoço de 50 anos da Sociedade União (Marcelo Schramm)

  • Almoço de 50 anos da Sociedade União (Marcelo Schramm)

  • Almoço de 50 anos da Sociedade União (Marcelo Schramm)

  • Almoço de 50 anos da Sociedade União (Marcelo Schramm)

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