Operações coordenadas pelo IMA e parceiros combatem tráfico de fauna e maus-tratos em diversas regiões do estado

Durante o mês de abril, mais de 230 animais silvestres foram apreendidos em Santa Catarina em operações de fiscalização ambiental que abrangeram diferentes municípios. As ações foram conduzidas pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), por meio da Gerência de Biodiversidade e Florestas (Gebio), em parceria com o IBAMA, a Polícia Militar Ambiental (PMA) e órgãos municipais, com o objetivo de combater o tráfico de fauna e os maus-tratos a animais.

A primeira grande operação ocorreu nas imediações do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, envolvendo os municípios de Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas e São Bonifácio. Nessa ação, os agentes apreenderam 101 aves — 86 pertencentes à fauna nativa e outras 15 classificadas como exóticas.

Em Itapema, uma denúncia anônima levou os fiscais do IMA, com o apoio da Fundação Ambiental Área Costeira de Itapema (FACCI), a vistoriar agropecuárias suspeitas de comercializar animais ilegalmente, além de criadores amadores sob investigação por envolvimento com tráfico de animais. Ao todo, foram apreendidos 25 pássaros e um tigre-d’água.

Outro flagrante significativo foi registrado em Imbituba, onde um criadouro clandestino especializado na venda de aves exóticas foi identificado após nova denúncia. A ação, que contou com o apoio da Secretaria Municipal de Segurança Pública e da Polícia Militar, resultou na apreensão de 63 aves — de um total de 107 encontradas — por ausência de documentação obrigatória e sinais de maus-tratos.

Todos os animais resgatados foram encaminhados ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (CETAS), mantido pelo IMA em Florianópolis, ou para clínicas veterinárias parceiras, onde recebem avaliação e cuidados especializados.

Segundo o gerente de Biodiversidade e Florestas do IMA, Felipe Ciola, essas operações fazem parte do calendário anual de fiscalização e continuarão ocorrendo em diversas regiões do estado. “A repressão ao tráfico de animais silvestres é essencial para a preservação da biodiversidade e o combate aos maus-tratos”, enfatizou.

A atuação conjunta entre os órgãos ambientais, as forças de segurança e a colaboração da população tem se mostrado essencial para a proteção da fauna e o fortalecimento da consciência ambiental em Santa Catarina.