Hospital de Gaspar seguirá sob intervenção do município
-
Há 11 anos, a instituição está sob intervenção do município (Fotos: PMG)
Prefeito Paulo Koerich assinou decreto que mantém, pelo 11º ano consecutivo, a instituição hospitalar sob a gestão do município
O Hospital de Gaspar vai permanecer sob intervenção do município. Nesta segunda-feira, dia 6, o prefeito Paulo Norberto Koerich assinou um novo decreto que mantém, pelo 11º ano consecutivo, a instituição hospitalar sob a gestão de uma Comissão Interventora nomeada pelo chefe do executivo gasparense.
A presidência dessa nova comissão será do recém-nomeado secretário Adjunto da Secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa, Claudionor de Souza. Além dele, participam da comissão: Aline Deichmann, Diretora Administrativa do Hospital; Sandro Sandri, Superintendente de Saúde e outros funcionários da instituição. Por lei, essa comissão deve ser formada por cinco pessoas.

-
Paulo Koerich pediu uma rápida integração entre a comissão e a equipe do hospital (Fotos: PMG)
Como uma das primeiras medidas, a equipe irá traçar um diagnóstico financeiro e administrativo do hospital, que deverá ser apresentado ao prefeito.
Koerich solicitou a rápida interação entre os servidores da Prefeitura e a Administração do Hospital, para que todos tenham acesso tanto aos relatórios de atendimento quanto aos balanços financeiros de anos anteriores. "Nosso objetivo principal é aperfeiçoar a gestão, proporcionando um atendimento cada vez melhor à população, bem como dar mais transparência e eficiência à aplicação dos recursos municipais no hospital para que no futuro chegue-se a uma solução", enfatizou.
Histórico
Com uma despesa maior que a receita, o Hospital de Gaspar somente mantém as portas abertas por conta dos repasses da Prefeitura que hoje chegam próximo a R$ 60 milhões por ano. E para que esses repasses continuem sendo feitos, é necessário que a instituição seja mantida sob intervenção do município.
Essa foi uma saída, na época da primeira intervenção, para manter o hospital em funcionamento, já que por força de lei não é possível firmar um convênio entre Prefeitura e hospital. Há, ainda, uma dívida histórica em função dos repasses insuficientes do Sistema Único de Saúde (SUS) diante da alta demanda dos serviços públicos prestados pela instituição, assim como um volume significativo de causas trabalhistas.
Além disso, grande parte da construção, reforma e equipamentos do Hospital, executados no final da primeira década deste século, foram financiados com recursos públicos, sendo que apenas entre os anos de 2009 e 2014 a Administração Municipal injetou mais de R$ 15milhões no hospital de Gaspar. De lá pra cá, três governos municipais não conseguiram equacionar o problema financeiro da instituição, embora pesados investimentos tenham sido feitos em equipamentos, especialidades médicas e recursos humanos.
-
Paulo Koerich pediu uma rápida integração entre a comissão e a equipe do hospital (PMG)
-
Paulo Koerich pediu uma rápida integração entre a comissão e a equipe do hospital (PMG)
Deixe seu comentário