MPSC pede a condenação de João Pizzolatti Junior por tentativa de homicídio com agravante de dirigir embriagado

O ex-deputado João Alberto Pizzolatti Júnior está, neste momento, sentado no banco dos réus, no Fórum da Comarca de Blumenau. Ele é réu num processo por tentativa de homicídio depois de provocar, em dezembro de 2017, um grave acidente de trânsito na rodovia que liga Blumenau a Pomerode. Na ocasião, dirigindo embriagado e em zigue-zague, Pizzolatti invadiu a pista contrária e bateu de frente com um veículo, que capotou e depois pegou fogo. Em seguida, o veículo de Pizzolatti atingiu outro automóvel. Em vídeos, que circularam na época logo após o acidente, o ex-deputado chega a admitir que estava embriagado, porém, não se submeteu ao teste do bafômetro, porque foi levado ao hospital e de lá se evadiu.

O motorista do primeiro automóvel, Paulo Santos, à época com 23 anos, foi ferido com gravidade e só não morreu porque outras pessoas o retiraram do veículo, já em chamas, mas teve queimaduras de primeiro e terceiro graus e uma série de fraturas, somente recebendo alta hospitalar cinco meses depois. Hoje, o ex-deputado paga uma pensão mensal à vítima. 

O Ministério Público de Santa Catarina, representado pelo promotor Daniel Granzotto Nunes, pede a condenação de Pizzolatti pelo crime de tentativa de homicídio com o agravante de dirigir sob efeito de álcool.

Em 2019, Pizzolatti chegou a ser preso depois de descumprir determinações da Justiça, como por exemplo não dirigir. Porém, ele ficou preso apenas cinco meses, pois foi solto por decisão da Justiça. Desde então, seus advogados vêm ingressando com medidas cautelares que garantiram a liberdade do ex-deputado, que hoje atua normalmente como servidor público na função de auditor fiscal. Mesmo que seja condenado no júri desta quarta-feira, Pizzolatti, que é réu primário, ainda poderá requerer o direito de apelar da decisão do júri a outras instâncias superiores em liberdade.