Manifestação ocorreu no mesmo local onde no último sábado (17) Juninho, como é conhecido, foi brutalmente espancado por três homens

Familiares, amigos e comunidade em geral se reuniram no começo da noite desta terça-feira (20) em uma manifestação para pedir por justiça. A concentração durou pouco mais de uma hora e ocorreu de maneira pacífica e sem interromper o trânsito na região.

Os familiares e amigos pedem às autoridades policiais e a justiça que tomem providências para apurar os fatos que levaram ao espancamento de Vilson Oneda Junior, o Juninho, 38 anos, morador do bairro Santa Terezinha. Ele foi brutalmente agredido por três homens, identificados como ciganos, no começo da tarde do último sábado (17). Juninho encontra-se internado no Hospital de Gaspar, para onde foi levado pelo Corpo de Bombeiros de Gaspar. Segundo a irmã, Viviane Oneda Fogaça de Lima, ele deve passar por uma cirurgia na próxima semana, para a reconstituição de ossos da face. Juninho também teve fratura no nariz e ferimentos em um dos olhos. 

Durante a manifestação, as pessoas pediram por justiça, para que esse não seja mais um caso de impunidade. "O meu irmão está lá quebrado e eles (agressores) saíram de boa", desabafou Viviane. Segundo ela, o homem que admitiu ter atirado a pedra não é o mesmo que aparece na filmagem, além disso um dos agressores é menor de idade. Ela contou que seu irmão foi agredido porque estava com o celular gravando uma briga entre os três ciganos. "Meu irmão é uma pessoa do bem, nunca fez mal para ninguém, ele simplesmente parou para gravar a briga entre os ciganos". Viviane também contou que seu irmão está bastante machucado, mas como ele é uma pessoa alegre, que leva tudo na brincadeira, a impressão é que ele está bem.

"Ele está com múltiplas fraturas nos ossos da face e o nariz quebrado". Já a lesão no olho, de acordo com a irmã, foi ocasionada pela pedrada que atingiu a testa de Juninho, bem próximo ao olho. Viviane também admitiu que seu irmão bebeu, mas não de maneira exagerada, que ele pudesse fazer qualquer coisa contra o grupo ciganos. Ela reforçou que o único gesto do seu irmão que desagradou os agressores foi ele estar filmando a briga entre os ciganos.

Um inquérito policial foi aberto e o delegado de polícia responsável pelo caso, Diogo Medeiros, já esteve no hospital onde ouviu o depoimento de Juninho. Ele também ouviu os agressores e deve também convocar as testemunhas. A polícia segue a investigação, para entender o que de fato ocorreu.

Durante a manifestação, vários moradores fizeram questão de dizer que Juninho sempre foi uma pessoa calma e do bem. Ele nasceu e foi criado no bairro Santa Terezinha. "Conheço o Juninho desde criança, ele sempre foi um rapaz educado, gentil e jamais se meteu em confusão, nós ficamos todos muito tristes quando soubem da notícia", disse uma moradora emocionada.

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